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Paulistanos recorrem a tratamentos econômicos de salões-escola

Os atendimentos são realizados por alunos em fase de treinamento

Por Carolina Romanini
Atualizado em 1 jun 2017, 17h28 - Publicado em 6 dez 2013, 16h00

Os cuidados de beleza da empresária Renata Cristina Arce incluem sessões mensais para hidratar e retocar a cor dos cabelos. Na grande maioria dos salões, ela pagaria algo entre 300 e 500 reais pelo serviço. No espaço que frequenta, no Tatuapé, desembolsou 65 reais em sua última visita, no fim de novembro. Renata é uma das centenas de clientes que passam pelo Instituto L’Oréal Professionnel a cada semana em busca de tratamentos oferecidos a preços significativamente menores do que a média cobrada pelos demais estabelecimentos do tipo na capital.

A pechincha só é possível por tratar-se de um salão-escola. No caso, os atendimentos são realizados por alunos em fase de treinamento, com pouca ou quase nenhuma experiência. “Jamais conseguiria cuidar do meu cabelo com essa frequência em outras condições”, diz Renata. Ainda que pareça arriscado entregar-se a um iniciante na profissão, a procura por esse tipo de local é grande. A unidade na Zona Leste, em operação há dois anos, recebe cerca de 100 pessoas por dia. Devido ao sucesso, a L’Oréal abrirá uma filial no Butantã em janeiro.

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O modelo de negócio existe há alguns anos, mas até recentemente era dirigido às classes baixas, com menos recursos para cuidar da aparência. Graças ao aquecimento do mercado e à quantidade crescente de matriculados em cursos de estética, o serviço está cada vez mais sofisticado. O protocolo manda que os alunos atuem sempre soba supervisão de um professor e ao lado de um técnico responsável por corrigir problemas eventuais. “Não me arriscaria se não fosse um lugar com credibilidade”, diz Renata.

 

Outro espaço semelhante é o Spa & Wellness Center da Anhembi Morumbi. Até 2011, os atendimentos eram realizados nas próprias salas de aula. Hoje, cerca de cinquenta pessoas passam por dia pelos confortáveis 1 000 metros quadrados do salão da universidade na Mooca. Todos os procedimentos são avaliados, fotografados e registrados em uma espécie de prontuário. “O cuidado é até maior do que em estabelecimentos consagrados, nos quais profissionais e auxiliares atendem várias clientes ao mesmo tempo”, diz a aposentada Ana Maria Rosa, que, ao lado do marido, o militar Altair Rosa, faz tratamentos como massagem e terapia capilar a cada semana. Os fabricantes de cosméticos também procuram esses ambientes como uma espécie de campo de provas. “Servimos de vitrine para o setor, por isso as novidades em produtos chegam sempre antes aqui”, diz a farmacêutica Edmara Martins, coordenadora do local.

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Cobaias da estética
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O barato sai caro?

Os prós e os contras desse tipo de estabelecimento

Vantagens

› O preço do atendimento equivalente, pelo menos, à metade do que é cobrado nos principais salões da cidade

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› Há sempre um instrutor acompanhandoo procedimento — a supervisão é, muitas vezes, mais cuidadosa do que a verificada em um salão comum

› Geralmente os salões-escola servem de vitrine para os demais espaços de beleza, e as novidades em produtos e tratamentos chegam primeiro ali

Desvantagens

› Os tratamentos são mais longos, pois o aluno segue todo o protocolo de atendimento e ainda não possui a experiência de um profissional graduado

› Os horários variam de acordo com a disponibilidade do aluno, e o salão não funciona diariamente com a equipe completa oferecendo todos os serviços

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› Não é possível criar vínculos com os atendentes nem escolher os preferidos, pois a rotatividade dos alunos é alta

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