Ciclos de filmes italianos trazem dezesseis fitas inéditas
"Semana Venezia Cinema" e "Semana Pirelli de Cinema Italiano" entram em cartaz a partir de segunda (22)
Dois importantes ciclos de filmes italianos chegam à cidade ao mesmo tempo. A partir de segunda (22) e de quinta (25), respectivamente, o Cine Livraria Cultura e a Cinemateca recebem a sexta edição da Semana Venezia Cinema. Na sexta (26) começa nas salas da rede Cinemark dos shoppings Iguatemi e Pátio Paulista a Semana Pirelli de Cinema Italiano. Trata-se de uma rara oportunidade para conferir uma safra de novos longas-metragens vindos da terra de Fellini. “Venezia”, como aponta o nome, traz do último Festival de Veneza cinco fitas inéditas mais a reprise, em cópia restaurada, do clássico “Perfume de Mulher” (1974), estrelado por Vittorio Gassman (1922-2000). Já a “Pirelli” conta com onze produções realizadas em 2009 e 2010.
Exibido na recente Mostra Internacional, “La Nostra Vita” (“A Nossa Vida”) é uma das principais atrações da “Semana Pirelli”. Segunda bem-sucedida parceria entre o diretor Daniele Luwchetti e o ator Elio Germano (premiado como melhor ator no Festival de Cannes), depois de “Meu Irmão É Filho Único”, o drama segue a trajetória de um pedreiro de Roma criando os filhos após a morte da mulher. Outros três títulos selecionados merecem atenção. Novo trabalho do diretor turco radicado na Itália Ferzan Ozpetek (“A Janela da Frente”), a comédia “Mine Vaganti” flagra um jovem escritor gay que volta, ainda dentro do armário, para a casa da família. “Baciami Ancora” (“Beije-me Outra Vez”) retoma os personagens do adorável “O Último Beijo” (2001) e “Happy Family” tem a assinatura de Gabriele Salvatores, premiado realizador do cult “Mediterrâneo” (1991).
Na programação da “Semana Venezia”, “Passione” marca a quarta incursão atrás das câmeras do ator americano John Turturro, aqui resgatando a origem italiana para enfocar o dia a dia de Nápoles — serão duas sessões, na Cinemateca e no Cine Livraria Cultura. Há, contudo, uma ligeira derrapada de ambas as mostras. Nenhuma delas programou o formidável “La Prima Cosa Bella”, uma das mais belas fitas da década e candidata da Itália a uma vaga no Oscar.