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Santa Casa suspende 60% de todas as cirurgias

A medida vale por dez dias, mas o prazo pode ser estendido

Por João Batista Jr.
Atualizado em 1 jun 2017, 16h03 - Publicado em 27 jul 2016, 20h55

A Santa Casa anunciou nesta terça (26) a suspensão das cirurgias não emergenciais durante dez dias, e o prazo pode ser estendido. A medida afeta pelo menos 60% dos procedimentos, de um total de 1 000 por mês. Os pacientes foram pegos de surpresa e, por enquanto, não tiveram a chance de remarcar as operações. Este é mais um capítulo da agonia e da luta para recuperar a entidade, que no passado recente esteve envolvida em escândalos de corrupção e má gestão.

José Luiz Setúbal
José Luiz Setúbal ()

Em meados de 2015, o pediatra José Luiz Setúbal assumiu o controle do lugar com a difícil missão de recuperá-lo. Houve corte de gastos e a demissão de 1 500 funcionários.

Em entrevista a VEJA SÃO PAULO, José Carlos Villela, superintendente da Santa Casa, afirmou que esta é uma medida angustiante, porém, necessária. Confira, a seguir:

+ A crítica situação financeira da Santa Casa

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As cirurgias foram suspensa por quantos dias?

Villela – As cirurgias não emergenciais foram suspensas por dez dias, e o prazo pode ser ampliado. Isso implica em pelo menos 60% de todas as cirurgias feitas no hospital, entre elas catarata. Novos procedimentos não estão sendo remarcados neste momento. É uma situação angustiante tanto para o paciente quanto para o médico. A nossa decisão é triste, mas não posso internar uma pessoa e correr o risco de não ter remédios para tratá-la.

Um funcionário da Santa Casa relatou faltar dipirona na entidade. É verdade?

Vilella – Dipirona é exagero, mas faltam medicamentos como antibióticos. Temos débitos com fornecedores, que só devem voltar a vender depois de quitarmos as dívidas.

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+ Os planos de José Luiz Setúbal no comando da Santa Casa

A Santa Casa pediu empréstimo de 360 milhões de reais para o BNDES…

Vilella – Estamos em uma fase burocrática de papelada, mas o financiamento de 360 milhões deve sair em dois meses. No final do ano, devemos voltar a operar normalmente – no sentido de não faltar remédio. Mas a Santa Casa precisa vender parte de seus imóveis e pagar as dívidas para operar no azul. Isso deve levar cerca de cinco anos.

O senhor pediu ajuda aos governos estaduais e municipais?

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Vilella – Sim, desde ajuda financeira até medicamentos. No passado, a Santa Casa fechou o pronto-socorro como forma de pressionar o governo a dar dinheiro. Não fazemos mais isso. De qualquer forma, precisamos de ajuda para atravessar esse momento.

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