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Relógios irregulares causam transtorno e prejuízo a prefeitura

Estimativa diz que existem mais de 100 equipamentos irregulares, com espaço publicitário, instalados em pontos nobres de São Paulo

Por Rodrigo Brancatelli
Atualizado em 5 dez 2016, 19h20 - Publicado em 18 set 2009, 20h36

Na esquina das avenidas Brasil e Brigadeiro Luís Antônio, bem perto do Monumento às Bandeiras, são 10h07 e a qualidade do ar é boa. Do outro lado da rua, a menos de 15 metros de distância, outro relógio aponta 12 horas e qualidade do ar “reular” – deveria ser regular, mas está faltando uma letra no mostrador. Na Avenida Paulista, os equipamentos que registram o horário e a temperatura também não conseguem chegar a um acordo. Em um quarteirão, faz 25 graus. No seguinte, 29. Afinal, em qual confiar? “São tantos equipamentos espalhados pelas ruas que nem a prefeitura consegue saber qual está certo”, admite a arquiteta e urbanista Regina Monteiro, diretora da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), órgão responsável por autorizar e fiscalizar a instalação de qualquer tipo de estrutura na área urbana.Estima-se que existam hoje mais de 100 equipamentos irregulares em pontos nobres da cidade. Além de poluírem a paisagem urbana, esses trambolhos clandestinos com quase 5 metros de altura não trazem um tostão aos cofres públicos. Há oito anos, a empresa Publicrono ganhou licitação para explorar a publicidade nos relógios. Desde então, instalou 340 equipamentos. Cada um lhe custa 495 mensais, pagos à prefeitura. Feitos de alumínio escovado e equipados com um mini-GPS em seu interior para sincronizar o horário, eles marcam a temperatura exata do local onde estão. Oito deles também apontam a qualidade do ar, seguindo as medições da Cetesb. As informações do letreiro são atualizadas a cada três segundos. O projeto dos relógios, inspirado nos modelos existentes na Europa, é do arquiteto Carlos Bratke. “Nosso trabalho é prejudicado por essas empresas ilegais”, diz a engenheira Ana Célia Rodriguez, diretora da Publicrono, que fatura 4 milhões de reais por ano com a comercialização do espaço publicitário. A prefeitura promete agora contra-atacar. “Vamos fazer um levantamento para notificar todas as empresas irregulares”, afirma Regina Monteiro.

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