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Regina Manssur participa do programa “Mulheres Ricas”

Milionária de berço e desbocada agita o reality da Band ao lado de outras endinheiradas

Por Ricky Hiraoka
Atualizado em 1 jun 2017, 17h52 - Publicado em 25 jan 2013, 11h11

Enrolada num robe branco de estampa malhada, a advogada Regina Manssur almoçava um tostex de peito de peru com queijo enquanto uma cabeleireira ajeitava seus fios, em um salão montado no amplo banheiro de sua mansão de 1.000 metros quadrados, no Morumbi. Esbaforido, Jonatas Nunes, seu “faz-tudo” particular, invadiu o local. “Doutora, haverá gente que não bebe cerveja. O que faço?” Ela bufou: “Não quero que quebrem minhas taças de cristal checo”. E ordenou então que fossem compradas no supermercado peças mais baratas para servir vinho e uísque. “Quando sou convidada, não escolho a bebida da festa”, justificou.

+ Assista à festa que Regina Manssur promoveu para sua estreia no programa Mulheres Ricas 2

A cena poderia estar no reality show Mulheres Ricas, da Band, mas aconteceu longe das câmeras, na segunda (21), horas antes da recepção que Regina armou para que quarenta pessoas (em sua maioria advogados, além de alguns juízes e desembargadores) aplaudissem sua estreia na segunda temporada do programa. Profissional conceituada, Regina tem clientes notórios no portfólio, como o ex-presidente Fernando Collor, e se dedica por doze horas diárias aos quase 500 processos em andamento — boa parte deles na área de direito de família. “Ela representa um tipo que não tínhamos: rica de verdade e muito trabalhadora”, diz o diretor do reality show, Diego Pignataro.

A segunda série começou no dia 7. Os episódios iniciais, com a remanescente Narciza Tamborindeguy, que mudou a grafia do nome, e novatas como Cozete Gomes, empresária, e Andréa Nóbrega, ex-mulher do humorista Carlos Alberto de Nóbrega, foram menos empolgantes, apesar de manterem os mesmos 4 pontos de ibope da temporada original. A entrada de Regina e a participação especial de Val Marchiori, estrela da primeira edição, trouxeram mais ostentação. “Eu sou rica, viu? Igual a você”, apresentou-se Regina a Val, antes de contar que seu vestido custou 15.000 reais e iniciar a troca de farpas. Segundo Val, a nova integrante é uma “quatrocentona falida”. Regina, por sua vez, acusou no Twitter a rival de ter lhe roubado um chapéu da marca Borsalino e um par de óculos Chanel durante as gravações.

O entusiasmo de se tornar uma celebridade aos 57 anos de idade não contagiou os parentes próximos. Seu marido, o desembargador Antonio Manssur Filho, e os quatro filhos, que seguiram carreira em algum ramo do direito, opuseram-se à ideia. João Vinicius, caçula e sócio do escritório que ela mantém no Morumbi, mandou uma notificação extrajudicial afirmando vetar o local como cenário das gravações.

Maria Gabriela
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O impasse quase fez a Band desistir do contrato. Regina esperneou com a família. “Fiquei com vontade de ser famosa, receber o carinho das pessoas”, insistiu a doutora, que virou o jogo com esses argumentos. “Ela sempre nos apoiou, e sentimos que não seria justo ir contra a vontade dela”, explica a filha Maria Gabriela Manssur, que é promotora de Justiça. Filha do advogado José Apparício Coelho Prado, Regina sempre almejou seguir a carreira do pai, mas foi “preparada para o matrimônio”, com cursos como bordado e culinária. Casou-se aos 17 anos e aos 23 entrou na faculdade de psicologia. Não sossegou com um único diploma e, contra a vontade do marido, formou-se em direito na FMU.

Ainda no período acadêmico, cuidou do primeiro caso: ajudou a prima da empregada a regularizar a situação de uma loja. Como pagamento, ganhou uma caixa de bombons. Hoje, ela afirma faturar até 2 milhões de reais por causa vencida e tem um escritório montado ao custo de 1,2 milhão de reais. Mergulhada na profissão, Regina se descuidou da saúde. No fim de 2008, descobriu que 80% de sua artéria aorta estava entupida e recebeu uma ponte de safena. “Perguntei se era possível, além de operar o coração, tirar duas costelas para ficar com a cintura da Cher”, brinca a perua assumida, cliente de carteirinha dos consultórios dos cirurgiões plásticos (intervenções declaradas: prótese de 220 mililitros de silicone nos dois seios, uma lipoaspiração e um lifting, além de uma cirurgia bariátrica em 2012, quando tinha 82 quilos e 1,67 metro de altura, já que os regimes não resolviam o problema — hoje pesa 56).

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Recuperada, quis aproveitar a vida. Vai quatro vezes por ano para o exterior. “Preciso levar meus bichinhos para passear no frio”, sorri, referindo-se à cole-ção de quarenta casacos de pele. A cada viagem, abastece seu closet, já recheado com 100 bolsas e 300 pares de sapato. É contando com a carteira que ela pretende se manter firme na mídia após o programa. Relata que gastará 40.000 reais na fantasia de destaque do carro abre-alas da Gaviões da Fiel. Também planeja lan-çar um livro sobre uma mulher que sempre é traída pelos namorados. “Vou tentar virar escritora”, sonha.

Veja as confissões de Regina Manssur:

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■ “Não tenho parentesco com o empresário Ricardo Mansur. Sou mais chique. Sou Manssur, com dois esses, como dois cifrões”

■ “Desembolso 50.000 reais por mês com gastos pessoais, como roupas, joias, maquiagem, estética…”

■ “Não chamo Valdirene Marchiori pelo apelido Val. Segundo as regras de etiqueta, só gente próxima  pode tratar os outros assim”

■ “Estou orçando a instalação de um refrigerador no meu closet para conservar meus casacos”

■ ”Aos 11 anos, fui expulsa de um colégio de freiras depois de organizar uma excursão para os alunos visitarem a clausura. Cobrei até ingresso”.

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