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“Que Mais Posso Querer” tem estreia exclusiva no CineSesc

Filme italiano de Silvio Soldini acerta ao retratar adultério. Casal comum, sem beleza ou glamour, confere proximidade com a plateia

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h06 - Publicado em 7 Maio 2011, 00h50

Não é preciso voltar muito no tempo para comprovar como o cinema explora o tema da traição conjugal. Presente no drama americano Amantes (2008), retrato do dilema do personagem de Joaquin Phoenix diante de duas pretendentes, e na comédia espanhola “Dieta Mediterrânea” (2009), sobre um apimentado triângulo amoroso, o assunto inspira agora uma ótima reflexão na fita italiana “Que Mais Posso Querer“, estreia exclusiva do CineSesc. O próprio diretor do longa-metragem, Silvio Soldini, já havia abordado enredo similar no adorável “Pão e Tulipas” (2000). Volta mais maduro para flagrar segredos e mentiras que envolvem um casal adúltero.

Na trama, Anna (Alba Rohrwacher) parece ter um casamento feliz com Alessio (Giuseppe Battiston), dono de uma loja e prestativo companheiro para todas as horas e qualquer serviço — instalar boxe no banheiro da amada, por exemplo. Mas as aparências enganam. Anna está entregando os pontos e se cansou do marido fofo (em todos os sentidos). Quer viver uma aventura extraconjugal e, para isso, escolhe o simplório e simpático Domenico (Pierfrancesco Favino), funcionário de um bufê. O sexo acaba virando a válvula de escape deles. Uma transa aqui, outra ali, e ambos se veem fisgados pelo bichinho da paixão. Acontece que Domenico, além de casado, é pai de uma menina e um bebê. Leva uma vida bastante modesta em Milão, ao lado da esposa (Teresa Saponangelo). Nenhum dos dois protagonistas pretende abdicar de seu parceiro. O que fazer?

O realizador consegue ser bastante feliz ao escolher um casal comum, sem beleza nem glamour, conferindo, assim, proximidade imediata com a plateia. As situações vividas por eles também são empáticas. No trânsito entre o drama e o romance, a densidade e a leveza (há certo humor nas entrelinhas), Soldini mergulha no cotidiano com autenticidade ímpar. Em tempo: “Que Mais Posso Querer” inaugura, com pé direito, uma nova distribuidora, a maranhense Petrini Filmes.

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