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PSIU lacra Parlapatões e multa teatros e bares na Praça Roosevelt

Alegando barulho e horário ultrapassado de funcionamento, o programa multou teatros e bares em 48 mil reais

Por Larissa Faria
Atualizado em 1 jun 2017, 16h29 - Publicado em 28 nov 2015, 20h40

Reduto do teatro na cidade, a Praça Roosevelt reúne bares e espaços de grupos teatrais consagrados, como a Companhia de Teatro Os Satyros e o Espaço Parlapatões.

Na madrugada da última sexta (27), por volta da 1h30, uma ação do PSIU multou diversos bares e teatros da praça em 48 mil reais, alegando que o funcionamento era permitido até a 1 da manhã. Já na madrugada de sábado (28), também por volta da 1h30, o programa lacrou o Espaço Parlapatões, alegando que além de barulho, o espaço havia ultrapassado o horário de funcionamento.

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Hugo Possolo, diretor artístico do Grupo Parlapatões, conversou com o prefeito Fernando Haddad neste sábado (28). Em negociação com a Secretaria Municipal de Cultura, foi permitido que o espaço seja aberto novamente. As multas, porém, ainda devem ser negociadas entre os estabelecimentos e o poder público.

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Confira o depoimento de Ivam Cabral, fundador do grupo Os Satyros:

“De quinta pra sexta feira, de madrugada, aconteceu uma ação do PSIU da prefeitura em todos os bares e teatros da praça. Nessa noite, vários teatros foram multados em 48 mil reais, inclusive o Satyros. Era por volta da 1h30 e não tinha nenhum barulho, absolutamente nada. Chegaram, não quiseram conversar, não pediram documentos, simplesmente multaram. A alegação é que não podíamos funcionar após a 1 da manhã.

No momento, tinha no máximo 20 pessoas dentro do Satyros. Não tinha som ligado nem bagunça, e, para seguir a lei, que diz que após 1 da manhã não devemos permitir a entrada do público, não estávamos recebendo mais gente.

Na madrugada de sexta para sábado, também por volta da 1h30, o Parlapatões foi lacrado, o que significa que eles não poderiam abrir mais o espaço. Só que eles têm uma licença que permite a abertura 24h.

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Fizemos uma ação pelo Facebook, combinamos uma vigília pacífica hoje à noite. Resolvemos manter o encontro porque uma pequena parcela de moradores tem um relacionamento ruim com a gente. 

Eles alegam barulho, mas o barulho não vem dos teatros. Ali muitas tribos se juntam, tem skatistas, pessoal do patins, moradores de rua, feministas, pessoal do circo. A praça é utilizada por muitos movimentos o tempo inteiro. 

A praça ter sido devolvida para a cidade, para os cidadãos, se deve ao nosso trabalho, do pessoal de teatro. Antes do poder público chegar ali, nós já tínhamos salvado a praça. A gente precisa que se olhe pra isso.”

 

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