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Mais de 2 000 pessoas participam de ato contra aumento da tarifa

PM jogou bombas de gás lacrimogêneo e atirou com balas de borracha; dezenas foram detidos

Por Marcus Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 13h38 - Publicado em 9 jan 2015, 17h09

Oficialmente mais de 2 000 pessoas participam do primeiro protesto do ano contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem em São Paulo nesta sexta (9). A polícia entrou em confronto com os manifestantes na Rua da Consolação, na altura da Rua Maceió. Foram jogadas bombas de efeito moral e disparados tiros de bala da borracha contra black blocs, que seguiam à frente do protesto – o Movimento Passe Livre (MPL), organizador do ato, estava muito atrás e não participou da confusão. 

Dezesseis pessoas foram detidas até agora e a PM segue fazendo revistas. Mascarados quebraram uma agência bancária. Algumas pessoas que participavam do ato pediram abrigo no restaurante Sujinho, que fica bem na frente onde ocorreu o confronto. 

A manifestação saiu da Praça Ramos de Azevedo, passou pela Praça da República e Avenida Ipiranga. Agora, segue pela Rua da Consolação, que está bloqueada nos dois sentidos. 

De acordo com o que foi deliberado na concentração do ato, deve seguir até a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) pede que motoristas evitem passar de carro pelo centro. 

Os policiais chegaram a tentar a tática do “kettling”, usada nas manifestações contra a Copa em 2014, mas não conseguiram. O método consiste em criar um cordão de isolamento para cercar os manifestantes, encurralando-os. Por causa da quantidade de gente, a estratégia não está dando certo.

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Além dos manifestantes, marcam presença no local 38 dos 42 metroviários demitidos durante a greve da categoria, em junho do ano passado. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Melo Prazeres Júnior, também está lá. “Apoiamos a tarifa zero porque nós funcionários não somos beneficiados com o aumento”, diz o sindicalista. 

MPL

O Movimento Passe Livre (MPL), que convocou o ato, é o mesmo que iniciou os protestos de junho de 2013. Na época, o aumento de 3 para 3,20 reais foi revogado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). No Facebook, o evento tem 49 000 pessoas confirmadas. 

Desde o último dia 6 de janeiro, o bilhete de ônibus, metrô ou trem custa 3,50 reais. A prefeitura e o Governo do Estado devem adotar tarifa zero para os estudantes da rede pública. 

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A Polícia Militar fez uma reunião durante a semana para organizar o policiamento no ato e chamou o MPL, que se recusou a participar. 

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