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Vídeo mostra alvoroço de manifestantes na chegada de Dirceu a Curitiba

Preso em Brasília na segunda, na nova fase da Operação Lava-Jato, ele foi transferido para a sede da Polícia Federal na capital paranaense, onde se concentram as investigações

Por Veja São Paulo (Com Estadão Conteúdo)
Atualizado em 5 dez 2016, 12h12 - Publicado em 4 ago 2015, 22h05

 

A chegada do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, base das investigações da Operação Lava-Jato, causou alvoroço por volta das 17h25 desta terça (4), como mostra um vídeo disponibilizado no YouTube.

Sob forte esquema de segurança, ele surgiu no banco de trás de uma a viatura e entrou direto na garagem do edifício da corporação, onde ficará preso.

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Cerca de cinquenta manifestantes o aguardavam e gritavam expressões como “ladrão”, “vagabundo”, “sem vergonha” e “cadê o Lula?”. Faixas traziam as mensagens  “O sonho acabou” e “Ratos, ladrões do dinheiro público. Limpeza Brasil”. Por outro lado, os presentes faziam coro em apoio às investigações: “Polícia Federal é o orgulho nacional”, bradavam. 

Alvo da Operação Pixuleco – 17ª fase da Lava-Jato-, Dirceu foi preso em Brasília na segunda (3). O ministro Luís Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência do político que cumpria prisão domiciliar desde novembro para Curitiba, base das investigações.

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O ex-ministro divide espaço em uma cela com dois contrabandistas. “O irmão (de Dirceu, advogado Luiz Eduardo de Oliveira) e os outros estão em outra ala da custódia. Ele (Dirceu) está em uma ala com alguns dos outros investigados, mas em celas diferentes”, explicou o delegado Igor Romário de Pula, que integra a força-tarefa da Lava-Jato.

O delegado informou que Dirceu está na mesma ala que o doleiro Alberto Youssef e os ex-diretores da Petrobras (Internacional) Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, “mas em celas diferentes”.

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A defesa do ex-ministro classificou como desnecessária e sem fundamento jurídico a prisão preventiva do ex-ministro, decretada pela Justiça Federal do Paraná, e afirmou que irá recorrer da decisão nos próximos dias.

Segundo o advogado Roberto Podval, Dirceu cumpre prisão domiciliar e já havia se colocado à disposição da Justiça por diversas vezes para prestar depoimento e esclarecer o trabalho de consultoria.

Investigação

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O ex-ministro da Casa Civil tornou-se alvo da Lava-Jato após o lobista Milton Pascowitch, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras, ter afirmado, em acordo de delação premiada, que Dirceu recebeu repasses por meio de sua empresa de consultoria, a JD Assessoria e Consultoria, já desativada.

A Polícia Federal incluiu a JD Assessoria e Consultoria em um grupo de 31 empresas “suspeitas de promoverem operações de lavagem de dinheiro” em contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco – construção iniciada em 2007, que deveria custar 4 bilhões de reais e consumiu mais de 23 bilhões de reais da Petrobras.

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O documento é o primeiro de uma série de perícias técnicas da Polícia Federal que apontam um porcentual de desvios na Petrobras de até 20% do valor de contratos. O porcentual é superior aos 3% apontados até aqui nas investigações da Operação Lava-Jato, que incluía apenas a propina dos agentes públicos e políticos.

“Foi identificada movimentação financeira da ordem de 71,4 milhões de reais, tendo como origem Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A e como destino as seguintes empresas, suspeitas de operarem lavagem de dinheiro: Costa Global Consultoria e Participações, JD Assessoria e Consultoria; Treviso do Brasil Empreendimentos e Piemonte Empreendimentos”, registra o laudo 1342/2015 presente nos autos da Lava-Jato.

Mensalão

Em novembro de 2013, Dirceu foi preso por envolvimento no escândalo do mensalão. O ex-ministro cumpriu onze meses de prisão na Papuda, em Brasília, e foi liberado, no final de 2014, para responder pelo restante da pena (mais sete anos e onze meses) em casa.

+ Confira as principais notícias da cidade

Dirceu foi apontado como o cabeça do esquema de compra de apoio político no Congresso durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula.

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