Continua após publicidade

“Estação continuará em Higienópolis”, diz presidente do Metrô

Sergio Avelleda afirma que mudança de local se deve a razões técnicas, não a lobby de moradores

Por James Cimino
Atualizado em 5 dez 2016, 18h06 - Publicado em 11 Maio 2011, 22h04

O presidente do Metrô, Sergio Avelleda, afirmou que estação Angélica da futura linha 6 – Laranja não ficará em frente ao estádio do Pacaembu, mas que será construída em algum ponto “entre a praça Charles Miller e a Avenida Angélica”. Ou seja, dentro de Higienópolis.

Segundo Avelleda, a mudança do local da estação, anunciada nesta quarta (11) pelo jornal “Folha de S.Paulo”, não foi motivada pelo abaixo-assinado dos 3.500 moradores do bairro contrários à obra. “Foi por razões de ordem técnica”, diz. De acordo com o presidente da companhia, extremidades das plataformas das estações Angélica e Mackenzie (esta última, da linha 4-Amarela) ficariam a apenas 500 metros uma da outra, o que causaria congestionamentos de trens e transtorno aos usuários.

“O que buscamos agora é um equilíbrio de velocidade e uma localização que atenda a dois bolsões: o da Faap e o da Avenida Angélica. Também queremos que a estação fique mais próxima da estação da PUC. Se a colocarmos no Pacaembu ficará um buraco. Nós fazemos metrô para toda a cidade”, afirma o presidente.

Agora, o Metrô estudará terrenos e perfis geológicos compatíveis para a instalação da nova estação, ainda no chamado “miolo” do bairro. Avelleda diz ainda que essa mudança não afetará a atratividade de passageiros, que, segundo pesquisa da companhia, será de 25.000 pessoas por dia. “Podemos atender a esse público sem necessariamente estar na esquina da Angélica. Mas haverá, sim, uma estação no meio do bairro.”

Continua após a publicidade

Gente diferenciada

A mudança na localização da estação Angélica provocou polêmica nas redes sociais. Indignados com o possível lobby dos moradores contra a obra (negado pelo Metrô), mais de 11.000 internautas se mobilizaram no Facebook para organizar o Churrascão da Gente Diferenciada, marcado para sábado em frente ao shopping Higienópolis.

No Twitter, o jargão “gente diferenciada” chegou ao topo dos Trending Topics (assuntos mais comentados). A expressão foi dita ao jornal “Folha de S. Paulo” por uma psicóloga, no ano passado, quando começou o movimento contrário à estação. “Não uso metrô e não usaria. Isso vai acabar com a tradição do bairro. Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente diferenciada…”

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.