Prêmio Design Museu da Casa Brasileira tem artigos funcionais e bonitos
Em sua 24ª edição, premiação traz utensílios domésticos, móveis e engenhocas de aspecto futurista
Criado em 1986 pelo publicitário Roberto Duailibi, o “D” da agência de propaganda DPZ, o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira se tornou uma vitrine do que se produz de mais inovador em matéria de utensílios domésticos e para escritório nos últimos anos. A 24ª edição da premiação, marcada para a próxima terça (23), às 19h30, na sede do museu, no Jardim Europa, confirma essa tendência. “A cada ano, nós nos surpreendemos com a criatividade dos concorrentes, que se esforçam não só para apresentar peças belas, mas também úteis”, afirma o secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo, um dos responsáveis pelo evento.
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A disputa é dividida em oito categorias. Os mais bem colocados recebem de 2 000 a 6 000 reais. Uma bengala eletrônica para cegos, com sensores e motor vibratório, foi premiada como o melhor protótipo. De autoria do engenheiro cubano Alejandro Garcia e do designer catarinense Renato Fonseca, o equipamento evita trombadas ao alertar para barreiras acima da linha da cintura. Inspirada na escola alemã Bauhaus, que pregava o funcionalismo e a padronização, uma luminária de alumínio e aço cromado, desenhada pelo paulistano Fernando Prado, venceu na categoria de iluminação. “Quis fazer algo sofisticado, mas com traços simples”, conta Prado, que pela sétima vez faturou a premiação.
Invenções bem-humoradas não faltam. É o caso da colorida e inclinada estante criada pelo designer carioca Zanini de Zanine, laureado em primeiro lugar na modalidade mobiliário. Uma coifa acoplada a uma televisão e com acesso à internet mereceu uma menção honrosa. Dos 538 projetos inscritos, 88 foram selecionados pelo júri, formado por trinta especialistas, entre arquitetos, decoradores e engenheiros. O Museu da Casa Brasileira vai exibir os trabalhos finalistas a partir de quarta (24). Nenhum dos artigos expostos, no entanto, está à venda. O Prêmio Design funciona como uma espécie de showroom do setor. “Quando a mostra termina, diversos produtos passam a ser fabricados em grande escala”, diz Matarazzo. “É isso que move a imaginação dos competidores.”