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Prefeitura vai criar política pública para grafite em São Paulo

Comissão formada por representantes de secretarias e artistas irá se reunir para definir regras da arte urbana na capital

Por Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 14h14 - Publicado em 30 jul 2014, 03h00

Os grafites de São Paulo deverão ter tratamento melhor do que a famigerada tinta cinza usada pela prefeitura para encobri-los. A gestão Fernando Haddad (PT) vai criar uma comissão para cuidar da arte de rua na capital.

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O grupo será formado por representantes da prefeitura, grafiteiros, artistas que trabalham com estêncil e lambe-lambe e especialistas em urbanismo.

De acordo com o subprefeito da Sé, Alcides Amazonas, a ideia é que haja uma interação com os artistas para que se crie uma estratégia em relação à arte urbana na cidade. A região administrada por ele é uma das que concentram a maior quantidade de grafites e que esteve envolvida nos últimos casos de obras apagadas.

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Há uma semana o artista Mundano limpou a tinta cinza da prefeitura com água e vassoura depois que um trabalho seu foi apagado na Rua da Consolação. No ano passado, um grafite da dupla OsGêmeos, foi apagado três vezes sob o Viaduto do Glicério. “Hoje, o poder público e nossos funcionários em campo têm dificuldade de diferenciar o que é um grafite, o que é uma pichação e o que é uma obra de arte”, diz o subprefeito.

Atualmente, uma lei federal de 2011 estabelece que o grafite não é crime, desde que autorizado pelo proprietário do muro. Em São Paulo, quando há dúvida se a intervenção é pichação ou arte, as equipes das subprefeituras devem enviar fotos para uma análise das imagens. “Se essa comissão fizer com que artistas não sejam enquadrados como criminosos, já será um grande feito para o grafite e para sociedade”, afirma Binho Ribeiro, um dos nomes cogitados para fazer parte do grupo.

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Segundo ele, no ano passado a administração se reuniu com alguns artistas e deu início ao processo de diálogo. “Ter critérios e criar um relacionamento pode ser positivo, especialmente se conseguirmos que pintores de rua não sejam curadores, definido o que fica que o que não fica na cidade”, diz o grafiteiro. “É impossível agradar a todos, mas com uma política de trabalho, acredito que vão diminuir os casos injustos na cidade.”

Amazonas afirma que somente a subprefeitura da Sé gasta 23 000 reais por mês para cobrir uma média de 20 000 metros quadrados de pichações. Até junho deste ano, a subprefeitura havia pintado 97 000 metros quadrados com tinta cinza.

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