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Prédios dominam a Praia Grande, em Ubatuba

Edifícios de quatro andares com coberturas milionárias começam a substituir os sobrados das décadas de 70 e 80 na atual vedete dos corretores

Por Maria Paola de Salvo
Atualizado em 5 dez 2016, 19h26 - Publicado em 18 set 2009, 20h31

Encontrar um terreno no 1,5 quilômetro de orla da Praia Grande, uma das mais famosas de Ubatuba, é uma tarefa quase tão difícil quanto cavar um lugar ao sol em suas areias lotadas durante o verão. Não é exagero. Resta apenas um lote disponível à beira-mar. O preço do metro quadrado? Quinhentos reais. Há outros seis terrenos sem vista para a praia (média de 250 reais o metro quadrado). E só.

“A Praia Grande é a maior vedete da cidade e a mais procurada pelos lançamentos imobiliários hoje”, diz o secretário municipal de Arquitetura e Planejamento Urbano, Rafael Ricardi Irineu. Motivos não faltam. O principal deles é o esgoto 100% tratado. A maioria dos terrenos, em geral planos e com pouca vegetação, está livre de restrições ambientais, algo incomum num município que tem mais de 80% de seu território dentro dos limites de parques estaduais de proteção. Além de Toninhas e Itaguá, a Praia Grande é uma das poucas a permitir edifícios de até quatro andares (sem contar a cobertura) em sua orla.

Atualmente, existem no bairro 4 300 apartamentos. Mas esse número não pára de crescer. Com onze empreendimentos em construção, a Praia Grande parece um canteiro de obras. Só no ano passado, foram sete lançamentos e já há outros seis previstos para 2008. “Todo ano surgem cerca de 500 novas unidades”, afirma o empresário Paulo Pinotti, do grupo Atmosfera, responsável pelo primeiro empreendimento de alto padrão, o Grand Bali, e por outros três lançamentos. Em todos eles, o metro quadrado não sai por menos de 2 000 reais. Com piscina, espaço gourmet e sala de cinema, os novos edifícios destoam da velha vizinhança formada por casas e sobrados das décadas de 70 e 80.

O apetite voraz da expansão imobiliária começa a engolir as casas do canto direito da praia. “Como as terras praticamente acabaram, a tendência agora é demolir esses imóveis e erguer novos edifícios no lugar”, afirma Haroldo Souza, gerente comercial da Coli, uma das principais incorporadoras da região. Apesar do congestionamento de carros nas ruas e dos guarda-sóis na praia, as construtoras garantem que o bairro está preparado para crescer. Calcula-se que haja espaço para mais 2 100 apartamentos, num total de 6 400 unidades, o máximo que o sistema de tratamento de esgoto daria conta de atender.

O boom do luxo não se restringe à Praia Grande. Tradicionalmente movimentada e com predomínio de casas de classe média, a Praia das Toninhas também é alvo dos empreendedores AAA. Com 137 lotes (dos quais cerca de dez estão à venda) e 55 casas, o Condomínio Ponta das Toninhas virou reduto de bacanas. Localizados no alto de um morro, muitos dos terrenos têm vista cinematográfica para o mar. As casas, todas com mais de 400 metros quadrados de área útil, são negociadas a partir de 1 milhão de reais. “Usamos uma prainha exclusiva, com acesso por uma trilha que começa no loteamento”, diz Filippo Frenda, presidente do condomínio. “Isso valoriza os imóveis.”

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