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Pousadas perto de São Paulo investem no conceito de sustentabilidade

Conheça locais onde é possível comer bem, relaxar, se divertir e ainda voltar para casa com a consciência tranqüila com meio ambiente

Por Débora Pivotto
Atualizado em 5 dez 2016, 19h25 - Publicado em 18 set 2009, 20h32

Ronco do Bugio, Piedade (SP)

Distância da capital: 110 quilômetros

Piscina do Ronco do Bugio: a água vem de uma nascente localizada na Serra de Paranapiacaba

Nesta charmosa pousada, os cuidados ambientais começaram ainda na construção. Madeiras, portas e janelas vieram da demolição de antigas fazendas. Tudo foi erguido em áreas que já estavam desmatadas. “Se a proposta é ser sustentável, não dá para derrubar árvores”, diz José Luiz Majolo, um dos sócios. Em três anos de funcionamento, a sustentabilidade só aumentou. Na faxina e na lavagem de roupas e louças são usados apenas produtos orgânicos. Uma cachoeira de 100 metros de altura movimenta uma turbina e garante cerca de 40% da energia utilizada na pousada. Para contribuírem para o clima ecológico, aos domingos os hóspedes são convidados a plantar árvores para compensar o CO2 emitido durante a estadia.

Para quem: casais (não aceita crianças).

O que oferece: piscina natural, sauna, espaço terapêutico (com massagens, banhos aromáticos e drenagem linfática), sala de ginástica e trilhas. As treze suítes têm TV, DVD, frigobar e travesseiros com pluma de ganso (seis contam com lareira e duas com ofurô).

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Fique esperto: nas áreas de mata não é aconselhável circular de chinelos (muito menos descalço), pois há risco de picadas de insetos ou mesmo de cobras.

Diárias: de 395 a 780 reais por casal, com caprichado café-da-manhã.

Onde fica: Estrada PDD, 128, bairro dos Pires, tel: (15) 3299-8600 e 8259-7788. https://www.roncodobugio.com.br.

Hotel Ponto de Luz, Joanópolis (SP)

Distância da capital: 135 quilômetros

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Cachoeira e templo de inspiração indiana: clima zen

Quando a socióloga Ma Dhyan Bhavya construiu o Ponto de Luz, em 1992, as casas do Vale do Sertãozinho jogavam o esgoto diretamente nos rios. Depois de um trabalho de conscientização, os moradores, com a ajuda dos funcionários do hotel, construíram fossa em cerca de vinte casas. Dentro da área da hospedagem, grande parte devastada foi recuperada. “Além da preservação do meio ambiente, o objetivo é causar o menor impacto possível na natureza”, diz Ma. Nos quartos organizados de acordo com conceitos de feng shui, nada de televisão, telefone ou ar-condicionado. Além da cama e do banheiro, somente uma moringa com água, abajures e o som tranqüilizante das cachoeiras. No chuveiro, a água quente é garantida por aquecimento solar.

Para quem: casais e fãs do clima zen.

O que oferece: piscinas ao ar livre e aquecida, cachoeira e atividades como meditação, caminhadas e trilhas. Entre as mais de vinte opções de terapia, há acupuntura, massagens e banho de argila.

Fique esperto: apesar de servir frango e peixe, a maior parte do cardápio é vegetariana.

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Diária: de 145 a 240 reais por pessoa. Inclui café-da-manhã, almoço, lanche e jantar.

Onde fica: Estrada Sertãozinho, s/nº, tel: (11) 4539-3112. https://www.hotelpontodeluz.com.br.

Hotel Bühler, Visconde de Mauá (RJ)

Distância da capital: 311 quilômetros

Uma das quarenta lixeiras espalhadas pelo Bühler e o museu sobre a colonização alemã: preocupação ambiental e histórica

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Há cinco anos, o caminhão de lixo nem pára na porta do hotel. Os funcionários separam e destinam todo o resíduo produzido ali. Sobras de comida – cerca de 60 quilos por dia nos meses mais movimentados – viram adubo para a horta. Uma entidade assistencial recebe o material reciclável. Os hóspedes também são convidados a colaborar. Nos banheiros dos chalés há uma lixeira para papel higiênico (que também vira adubo), outra para recicláveis e um saco para o que não pode ser aproveitado. “Diante de tantos recipientes, já teve gente que ligou para a recepção para saber o que fazia com o fio dental”, lembra a proprietária, Norma Bühler. O óleo usado na cozinha vira sabão e as sobras dos sabonetes são reutilizadas na limpeza dos pisos.

Para quem: famílias e turmas de amigos.

O que oferece: piscinas semi-olímpica e aquecida, saunas seca e a vapor, ducha natural, sala de ginástica, quadras de tênis, bocha e futebol, além de espaço com churrasqueira e forno de pizza. Um museu conta a história de algumas das famílias alemãs que colonizaram a região. Os 21 chalés têm lareira, TV e DVD (em sete deles há banheira de hidromassagem).

Fique esperto: o acesso é difícil. São 6 quilômetros do centro de Mauá até o hotel, numa estrada estreita e esburacada. Evite viajar à noite. Há poucas placas de indicação.

Diárias: de 150 a 320 reais por casal, com café-da-manhã (aos fins de semana, o valor inclui almoço). Cobra taxa de serviço de 10%. Mínimo de duas diárias.

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Onde fica: Estrada Mauá–Maringá, quilômetro 7,5, Vila de Maringá, tel: (24) 3387-1204. https://www.hotelbuhler.com.br.

Casa do Lago, Buri (SP)

Distância da capital: 230 quilômetros

A sede da pousada e a horta: verduras sem agrotóxico

Para chegar a esta agradável casa de campo, nem é preciso enfrentar estrada de terra. O asfalto vai até a porteira da fazenda. Na sede, as lâmpadas frias não atrapalham o clima rústico e aconchegante. As verduras servidas no almoço e no jantar são plantadas na horta, na qual não entra agrotóxico. Ao final das refeições, a louça é lavada em máquinas com dosadores de água e produtos de limpeza orgânicos, para evitar desperdício. Uma plaquinha no banheiro aconselha o hóspede a não trocar toalha e lençóis todos os dias. “É um hábito desnecessário”, afirma a proprietária, Diva Nassar. “Só gasta água e energia.”

Para quem: casais e famílias à procura de sossego.

O que oferece: piscina aquecida, salão de jogos, sauna, quadras de tênis e futebol, passeios com cavalos e massagens (cobrados separadamente). Os quinze apartamentos têm frigobar, TV e lareira (oito contam com ar-condicionado).

Fique esperto: por causa do rompimento da barragem, o lago que dá nome ao hotel está vazio. Enquanto ele não é recuperado, os hóspedes podem pescar até 5 quilos num pesque-pago vizinho sem gastar nada.

Diárias: de 460 a 735 reais por casal, com café-da-manhã, almoço e jantar.

Onde fica: Estrada Angatuba–Buri, quilômetro 14, tel: (15) 3546-1490. https://www.casadolago.com.br.

Hospedaria Águas Claras, Itapira (SP)

Distância da capital: 170 quilômetros

Piscina e a sede de taipa, construída em 1870 (no detalhe): o novo e o antigo em harmonia

Quem se hospeda na Fazenda Águas Claras ganha uma aula de história. O café-da-manhã é servido na sede de taipa, construída em 1870. Dá para acompanhar todo o processo de produção do café, com a colheita, lavagem, secagem e separação dos grãos. A visita ao cafezal de 300 000 pés integra o pacote. Tudo é feito com o uso mínimo de pesticidas ou de forma totalmente orgânica. As dezessete famílias que trabalham na lavoura e na hospedagem moram na fazenda. Graças a uma parceria com a prefeitura, todos os dias os moradores têm transporte garantido para escolas de Itapira. “A educação melhora a qualidade do atendimento e aumenta a renda do trabalhador”, diz o proprietário, Eduardo Aranha.

Para quem: casais e famílias.

O que oferece: piscina, sauna, hidromassagem, campo de futebol, quadra de tênis, salão de jogos, caminhadas, trilhas e passeio a cavalo (inclusos na diária).

Fique esperto: entre maio e setembro, é possível participar da colheita dos grãos e acordar com o cheirinho de café secando nos terreiros.

Diárias: a partir de dezembro, 428 a 562 reais, com café-da-manhã, almoço e jantar. Mínimo de duas diárias. Taxa ambiental de 5%.

Onde fica: SP-147, quilômetro 35, tel: (11) 5044-3301. https://www.fazendaaguasclaras.com.br.

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