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Por causa do clima seco, azaléias desabrocham fora do tempo

Flores ganharam tons rosa e branco quase dois meses depois do habitual

Por Juliana de Faria
Atualizado em 5 dez 2016, 19h24 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

Apesar de ainda faltarem duas semanas para o início da primavera, alguns paulistanos já notam arbustos de azaléias florescendo pela cidade. Leigos em botânica podem até pensar que as plantas reagiram antecipadamente à estação que está por vir. O que houve, no entanto, foi um atraso. “Essas flores nascem no período mais frio do inverno, entre junho e julho”, conta Adriana Fidalgo, pesquisadora do Instituto de Botânica de São Paulo. “Só que, neste ano, o clima seco e quente atrasou a florada.” A umidade relativa do ar chegou a 20% no mês passado – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é 60%. “É raro termos um agosto tão sem chuvas”, afirma Gustavo Escobar, pesquisador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

O fenômeno causa preocupação. Afinal, caso se torne muito extenso, o atraso pode originar um descompasso no ciclo natural dessas plantas. A polinização (processo de fecundação) fica comprometida, o que resulta em formação reduzida de frutos. Pássaros como periquitos, sabiás, camacicas e papagaios sofrem com a escassez de comida. Já que é impossível irrigar toda a vegetação da cidade, quem tiver árvores no jardim deve regá-las constantemente para que suas flores não percam o tempo certo de brotamento. Outro fator que pode desregular o florescimento das plantas, levando a um adiantamento ou atraso, é o stress. Isso mesmo, o stress. O cenário urbano em nada colabora com elas – a poluição, o vento e até o toque constante de pessoas podem perturbá-las. “Uma muda plantada no meio de uma grande avenida está completamente fora de seu ambiente natural”, diz Adriana.

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