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Polícia identifica mais três pichadores acusados de matar dentista

Primo da vítima fez uma investigação paralela e conseguiu encontrar os agressores no Facebook

Por Mariana Zylberkan
Atualizado em 1 jun 2017, 16h01 - Publicado em 10 ago 2016, 16h57

A Polícia Civil identificou mais três acusados de ter assassinado o dentista Wellinton Silva, de 39 anos, no sábado (9), no bairro do Jaraguá, na Zona Norte. De acordo com o delegado Paulo Arbues, titular do 33º DP (Vila Mangalot), que investiga o caso, familiares e advogados dos três acusados disseram que eles se entregariam ainda nesta quarta-feira (10) à polícia. 

Os acusados identificados são um homem, que não teve a identidade divulgada pela polícia, e um casal. Eles aparecem, com exceção da mulher, nas imagens captadas por câmeras de segurança junto com os demais envolvidos. Os cinco homens saíram de um carro que estacionou em frente à casa do dentista por volta das 2h de sábado com latas de tinta e garrafas de bebidas nas mãos e, em seguida, picharam o muro da residência. Quando eles se afastaram, o pai do dentista, o aposentado Manuel Silva, 76 anos, apareceu no portão e saiu na rua a procura dos pichadores segurando um objeto que parece um facão. O dentista foi atrás do pai e os dois não apareceram mais nas imagens. Segundo a polícia, eles foram espancados na rua de baixo. O aposentado fingiu ter desmaiado para se livrar das agressões. O dentista chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. 

Os cinco procurados serão indiciados por formação de quadrilha, lesão corporal grave e homicídio. O primeiro suspeito identificado, Adolpho Gabriel de Souza, de 38 anos, teve a prisão decretada pela Justiça na terça-feira (9) e está foragido. Ele é apontado pela polícia como dono do carro que estacionou em frente à casa do dentista com os cinco pichadores. Nas imagens de câmeras de segurança, ele aparece entrando no carro pela porta do passageiro porque a do motorista estava quebrada. Esse detalhe foi essencial para a polícia identificá-lo como dono do carro, segundo o delegado. O veículo foi encontrado abandonado ainda com a chave na ignição em Diadema, na Grande São Paulo. O carro tinha manchas de sangue na porta e foi enviado para a perícia. 

Investigação paralela

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O primo do dentista assassinado, o analista de sistemas Anderson Brandão, 32 anos, fez uma investigação paralela para identificar os autores do crime. Ele conta que usou a internet para identificar o traço dos pichadores e chegou à página no Facebook onde o grupo reunia fotos de muros pichados pela cidade com a palavra “Consys”, a forma como o grupo é conhecido. A mesma palavra foi pichada com tinta verde na casa da família. 

pichadores caso dentista assassinado
pichadores caso dentista assassinado ()

Na página, Brandão disse que identificou os homens que aparecem nas imagens de segurança. “Eles usam apelidos para assinar a pichação e através disso eu consegui encontrá-los”, disse Brandão, que entregou o material à polícia. Um deles, diz o analista, mora em rua próxima ao local do crime. 

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O primo disse que a polícia chegou a intimar um dos indentificados pela página do Facebook. Vanderson Araújo, vulgo THC, foi abordado em casa pelos policiais com as mãos sujas de tinta verde no domingo (10), levado à delegacia, mas liberado por falta de provas, segundo Brandão. 

O delegado Paulo Arbues, do 33º DP, negou que as informações passadas pela família estejam sendo usadas na investigação. Mesmo assim, ele confirmou que o casal identificado nesta quarta-feira é o mesmo encontrado por Brandão nas redes sociais. 

O pai do dentista assassinado, o aposentado Manuel Silva, 76 anos, teve que voltar ao hospital nesta quarta-feira por causa de complicações na fratura que sofreu no braço direito. Ele foi espancado pelos pichadores. De acordo com a família, a fratura infeccionou e ele corre o risco de ter que amputar o membro. O aposentado está internado em observação no hospital das Clínicas.

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