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Polícia entra em sala de aula na USP e apreende dois menores

Segundo os policiais, os rapazes são suspeitos de realizar assaltos no câmpus Butantã

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h18 - Publicado em 3 jul 2015, 16h46

Dois adolescentes foram apreendidos pela Polícia Militar dentro do câmpus Butantã da Universidade de São Paulo, na Zona Oeste, na noite dessa quinta (2). Os jovens, segundo a polícia, são suspeitos de realizar assaltos na região.

Ainda de acordo com a PM, os adolescentes foram vistos andando de bicicleta na Cidade Universitária. Ao serem abordados, eles teriam corrido e jogado um objeto no chão. Um dos meninos entrou em uma sala de aula do Núcleo de Consciência Negra.

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A abordagem foi filmada por alunos. O vídeo mostra os policiais entrando armados dentro da sala e rendendo o jovem. Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que os oficiais vasculharam o local em que viram o objeto ser abandonado e encontraram um revólver calibre 38.

O vídeo, divulgado pelo Diretório Central dos Estudantes, mostra o menino dizendo que “não está com nada”. O menor chega a levantar a camiseta para provar que não está armado. Os adolescentes têm 15 e 17 anos e são irmãos.

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Durante a abordagem, um dos meninos diz que foi ameaçado pela polícia. “Você falou que ia me matar, eu te conheço.”

A secretaria informou ainda que os meninos foram levados para o 91º Distrito Policial (Ceagesp), onde foram reconhecidos por vítimas como autores de roubos. Eles foram encaminhados à Vara da Infância e Juventude.

Em nota, a secretaria disse que a ação dos policiais militares foi “correta tanto no ponto de vista legal quanto técnico”. Informou ainda que “graças a essa atuação, dois infratores foram detidos e aquela arma de fogo não será mais usada para cometimento de crimes”.

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Questionada sobre a ação dos policiais dentro do câmpus, a USP disse que não se manifestará sobre o caso.

Marcelo Pablito, Secretário de Combate ao Racismo do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), falou que a entidade é contra a presença da polícia dentro do universidade exatamente por causa de abordagens “abusivas e violentas” como a que ocorreu nesta quinta. “Somos contrários, justamente, porque a polícia tem uma ação truculenta, que persegue negros e pobres.”

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