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Planetário do Ibirapuera: de volta ao espaço sideral

Espaço reabre modernizado após ficar sete anos fechado para reformas

Por Sandra Soares
Atualizado em 5 dez 2016, 19h21 - Publicado em 18 set 2009, 20h36

Quando o planetário do Parque do Ibirapuera começou a funcionar, em 1957, o homem ainda não havia viajado pelo espaço – o primeiro a realizar o feito seria o russo Yuri Gagarin, em 1961. Naquela época, fantasiava-se muito sobre a possibilidade de vida fora da Terra e os planetários atraíam multidões de curiosos. A exibição de imagens captadas do céu em uma tela em forma de abóbada era feita por meio de projetores operados manualmente. Com o passar dos anos, astronautas pisaram na Lua, satélites foram lançados e surgiram novas tecnologias audiovisuais, mas pouca coisa mudou no planetário paulistano, que, por causa de problemas na estrutura, estava interditado desde 1999. Reaberto no último sábado (23), depois de uma reforma iniciada há três anos, tudo ali ficou mais moderno.

O prédio em forma de nave espacial finalmente está livre de infiltrações e cupins. Sua cúpula interna, com 18 metros de diâmetro, ganhou um revestimento de placas de alumínio microperfuradas, que evitam a propagação do som. As cadeiras foram substituídas por outras mais confortáveis, com diferentes inclinações. O antigo projetor, geocêntrico – ou seja, capaz de reproduzir o céu a partir de qualquer lugar da Terra –, deu lugar a um modelo mais novo, de fibra óptica. Comprada por 5,9 milhões de reais da empresa alemã Zeiss, a máquina consegue mostrar imagens vistas de qualquer ponto do sistema solar e reproduzir com fidelidade o brilho das estrelas e dos planetas. Ela opera com o auxílio de 45 projetores de slides, três de vídeo e um que gera apenas imagens de meteoros.

Em seus 42 anos de atividade, o planetário recebeu mais de 4 milhões de visitantes. No último fim de semana, cerca de 600 pessoas disputaram suas 280 poltronas. Até novembro o público poderá visitar o planetário de graça (senhas são distribuídas na bilheteria uma hora antes das sessões). Mas existe um problema para os visitantes. Por enquanto, são realizadas apenas duas exibições por semana, uma no sábado e outra no domingo (ambas às 15 horas). “Vamos ampliar o número de apresentações”, promete o diretor Fernando Nascimento. No planetário do Parque do Carmo, em Itaquera, inaugurado em dezembro, a programação é mais ampla. Há oito apresentações nos fins de semana (às 10, 12, 14 e 16 horas, nos sábados, domingos e feriados). “Agora São Paulo passa a ser uma das poucas metrópoles do mundo com dois planetários de grande porte”, diz Nascimento. Ah, sim. Tanto no Ibirapuera como no Carmo, Plutão – que deixou oficialmente de ser um dos nove planetas do sistema solar – continua lá, firme e forte.

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