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Agência ou viagem por conta própria? Os prós e contras de cada opção

Saiba qual é a escolha mais adequada para cada tipo de turista e estilo de passeio

Por Anna Carolina Oliveira
Atualizado em 1 jun 2017, 17h48 - Publicado em 10 mar 2013, 21h05

Não há certo ou errado quando o assunto é organizar uma viagem. Se aqueles com o espírito aventureiro preferem pesquisar tudo por conta própria, os que irão sair do país pela primeira vez ou não dominam o idioma do lugar talvez optem pelo conforto de uma agência. “Tudo depende do perfil de cada turista.”, afirma Alípio Camanzano, CEO Brasil da Decolar.com.

Escolhido o destino, o segundo passo de quem pretende arrumar as malas é fazer uma auto-avaliação. Afinal, você prefere organizar tudo sozinho e ter a liberdade de mudar o roteiro no meio da temporada ou se sente mais seguro com o apoio de um agente de viagens? Confira os prós e contras de cada opção.

AGÊNCIA DE VIAGEM

  • PRÓS

Quem nunca teve uma experiência no exterior ou não domina o idioma do país, pode preferir fechar um pacote com a agência. A assistência vai desde a escolha do destino até o check-in no aeroporto. “O agente conversa com o cliente para conhecer suas necessidades e adequar um pacote”, informa Luciana Fioroni, gerente regional de vendas da CVC. Dessa forma, passagem, transporte do aeroporto para o hotel e vice-versa, hospedagem, aluguel de carro, passeios e mais uma infinidade de serviços podem ser contratados de uma só vez. “Hoje, as agências não têm apenas aqueles modelos fechados de pacotes — também personalizam a viagem conforme o desejo do turista”, esclarece.

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Outra vantagem é a ajuda com a documentação e o dinheiro. Ainda na agência, é possível preencher o formulário do passaporte e ser instruído sobre todo o processo. O mesmo vale para o visto. No caso do dinheiro, alguns lugares fazem a ponte entre o cliente e a casa de câmbio, de maneira que a pessoa não precisa se deslocar até o endereço para trocar o real pela moeda do país.

Em caso de destinos menos tradicionais, também pode ser interessante — e seguro — deixar um profissional mais experiente planejar a viagem. Assim, o turista não corre o risco de fazer passeios perigosos ou se hospedar em lugares distantes do centro e com acomodações ruins. 

Para endereços nacionais, a facilidade é fechar passagem, translado e hotel de uma vez. Mais um benefício — este vale também para as férias no exterior: a consultoria continua durante a viagem. Caso o cliente perca um documento, tenha o voo de volta cancelado ou sofra algum problema de saúde, pode tanto acionar o agente quanto a seguradora inclusa no pacote.

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  • CONTRAS

Toda comodidade vem com um custo e isso não muda nas férias organizadas por meio de uma agência. “Um dos motivos de planejarmos sozinhos é que podemos pesquisar com calma, esperar por melhores preços, optar por hospedagens alternativas, como hostels. No fim, conseguimos um valor bem barato”, compartilha Henry Alfred Bugalho, autor do blog Viagens para Mãos-de-Vaca, que conhece o mundo na companhia de Denise Nappi, também autora do blog.

Outro alerta é que algumas empresas trabalham somente com hotéis a partir de determinado número de estrelas. Isso, naturalmente, encarece a estadia.

Se o idioma for uma barreira ou se a pessoa simplesmente não gosta de viajar sozinho, o pacote tradicional é a solução. O “porém” é que existem horários e roteiros a serem seguidos, o que pode deixar o passeio um pouco menos flexível.

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  • DICAS

Para gantir valores mais simpáticos, é bom procurar as agências com antecedência, o que aumenta as chances de economia. Se a pessoa já realizou algumas viagens com determinado agente, este pode entrar em contato para oferecer pacotes promocionais.

Viagem - mochilão
Viagem – mochilão ()

POR CONTA PRÓPRIA

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  • PRÓS

Por mais que seja bom traçar um roteiro, tem dias em que a pessoa acorda e quer fazer tudo diferente. Viajar por conta própria dá essa liberdade e permite que o turista conheça a cidade da maneira que o agrada. “Normalmente, não tenho uma rotina estabelecida. Escolho um local que quero visitar e vou andando até lá. No caminho, visito outros pontos e acabo fazendo uma viagem muito rica”, compartilha Matthew Shirts, redator-chefe da National Geographic Brasil. Para o também cronista de VEJA SÃO PAULO, não há ponto de vista melhor para explorar um local do que o do pedestre.

A flexibilidade de horário é outro atrativo. O casal responsável pelo Viagens para Mãos-de-Vaca, por exemplo, tem um ritmo mais tranquilo e, por isso, sempre opta por esquematizar sozinho a viagem. “Às vezes, no meio do dia, você decide fazer uma pausa ou visitar um endereço que não estava programado inicialmente. Gostamos de passear sem pressa de cumprir um cronograma”, diz Henry Alfred.

Quando o assunto é o bolso, as vantagens também são grandes. Melhor ainda é se o indivíduo dispõe de uma agenda maleável, podendo embarcar no meio da semana, quando os preços das passagens aéres caem. Organizando tudo por conta própria, o viajante pode selecionar estadias mais simples e baratas, como o hostel. Quem for desbravar o mundo em grupo tem a opção de alugar um apartamento e dividir o custo com os amigos.

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Se um dos impedimentos para decolar sozinho é a falta de companhia, Henry garante que isso não é um problema. “Quando fui para o Peru, conheci um casal muito simpático e ficamos conversando por um bom tempo.”

  • CONTRAS

Pegar as malas e sair por aí requer o mínimo de organização, pois a pessoa fica responsável por tudo, desde a compra da passagem e a reserva do hotel até a verificação dos documentos e vacinas necessárias. Se algum tipo de problema ocorrer no aeroporto ou hotel, o turista terá que resolver a situação sozinho. Por isso, é bom fazer uma check-list de tudo o que é necessário para viajar sem dor de cabeça (veja algumas dicas AQUI). “Já estive em muitas furadas durante as minhas andanças e meu conselho é ficar calmo e estar sempre preparado”, recomenda Matthew Shirts.

Um dos problemas pode ser a hospedagem. Apesar dos sites de aluguel de apartamento ou mesmo hotéis mostrarem fotos, nem sempre o local é como na fotografia. “Fico de olho nos comentários de quem já passou pelo lugar, mas uma vez em Montevidéu me dei mal. O lugar era péssimo, mas os comentários na internet eram super elogiosos”, alerta Henry.

  • DICAS

Leia muito a respeito do destino. “Além dos guias, consulto livros sobre a história e cultura do país”, diz Matthew.

Sites intermediários como Attitude Travel, Atrapalo e Decolar.com podem facilitar a pesquisa de passagens e hotéis. No site Hipmunk, é possível consultar um gráfico bem organizado com os voos e preços disponíveis na data desejada. Para economizar na passagem, faça simulações para datas diferentes e em várias companhias. Também cadastre-se no site desses lugares para ficar por dentro das promoções-relâmpago.

Ainda que o viajante não seja do tipo que programe dia por dia, é bom ter em mente os restaurantes, museus, lojas e outros endereços que gostaria de conhecer. Assim, a pessoa não ficará perdida na cidade sem saber o que fazer. Contudo, caso isso aconteça, procure um balcão de informação nas áreas turísticas, os quais normalmente fornecem mapas gratuitos (ou baratos), além de informações sobre os eventos dos próximos dias.

Não se esqueça nunca de checar se o passaporte e o visto estão em dia. Também é importante se informar sobre a cultura do lugar, além de eventuais vacinas necessárias. O turista pode ser barrado no aeroporto se a carteirinha não estiver em dia.

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