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Sete situações curiosas que ocorrem em pizzarias da cidade

Gerentes e sócios de casas paulistanas falam sobre ketchup na pedida, a cobertura de aliche sem aliche, marmita para o cachorro e outros assuntos divertidos

Por Anderson Santiago
Atualizado em 20 jan 2022, 09h17 - Publicado em 8 jul 2016, 18h31

Praticamente uma instituição na cidade, a pizza está presente toda semana (ou quase) no cardápio do paulistano. Não à toa, as pizzarias estão abarrotadas de “causos” em seus bastidores. 

+ As melhores pizzarias da cidade

Para desvendar as melhores, mais polêmicas e divertidas histórias que rondam os grandes endereços de São Paulo, conversamos com gerentes e sócios de seis casas da capital, de diferentes regiões. São elas: Camelo, Carlos Pizza, Castelões, Speranza, Meime e Veridiana. Eles nos revelaram como são os bastidores desses estabelecimentos tão queridos por aqui.

Veridiana Higienópolis - ambiente
Veridiana Higienópolis – ambiente ()
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UMA PIZZA DE ALICHE. SEM ALICHE

A criatividade do paulistano vai longe. Um dos pedidos mais estranhos com os quais os funcionários têm de lidar são aqueles que, oras, não fazem muito sentido. “Tem muita gente que pede pizza de aliche sem aliche”, diz João Augusto Sacilotto, dono da Meime. “A gente explica que sem o aliche ela vira só mussarela, mas nem todo mundo confia.” A mesma solicitação costuma ocorrer na Carlos Pizza, segundo um dos sócios, Luciano Nardelli. “O jeito é, então, fazer o gosto do cliente”, diz. Lá, ao menos, a pedida leva ainda alho, salsinha e queijo tulha.

INVENTORES DE SABORES

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Há quem adore inventar coberturas. “Quando nos deparamos com um pedido assim, nós orientamos o cliente  a solicitar alguma parecida que exista no cardápio”, diz Denis Arita, gerente da Speranza de Moema, pizzaria que, por exemplo, serve a pizza margherita apenas inteira, sem dois sabores no mesmo disco. Outras casas são mais radicais: “Não fazemos nada que não consta do menu”, conta Mario Terciano, funcionário da Castelões há 29 anos. A Camelo e a Meime são mais flexíveis e deixam o cliente fazer as vezes de chef na hora de pedir.

Speranza Moema detalhe salao da frente
Speranza Moema detalhe salao da frente ()

E BOTA KETCHUP

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O uso do ketchup não é muito bem visto nas pizzarias da cidade, mas há sempre quem peça o produto industrializado. Diante da questão, alguns endereços pensaram em alternativas criativas. Na Speranza de Moema é preparado um molho de tomate bem peneirado e adocicado que lembra o ketchup, servido à parte. Já na Meime, alguns clientes criaram uma espécie de “Clube do Ketchup”. “Um grupo de cariocas fãs da pizza com o molho trouxe seus potes para cá, e a gente os deixa aqui para servir sempre que eles voltam”, diverte-se o dono Sacilotto.

CLIENTES ‘EXCÊNTRICOS’

Todo restaurante tem aqueles fregueses “figuraças”. “Um rapaz que vinha sempre à casa fazia o mesmo pedido: pizza de mussarela com uma porç��o de arroz. E ele comia os dois misturados”, diz Ricardo dos Santos Caetano, gerente da Camelo dos Jardins, na rede há 25 anos. Na Carlos, há quem peça a pizza “ao ponto”, como se fosse um bifão. “Às vezes fazemos pizza queimadinhas porque o cliente pede a massa ‘bem passada’”, afirma Nardelli. Na Veridiana. é comum aparecer gente que janta por mais de seis horas. “Sempre há pessoas que chegam quando a pizzaria abre e só saem quando anunciamos o fechamento”, diz o gerente Adevanildo Xavier, da unidade de Higienópolis.

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Pizza de pinole da Meime
Pizza de pinole da Meime ()

PEDIDOS IRRITANTES

Outro cliente que não passa despercebido é aquele que sempre quer tirar uma vantagem. Um dos exemplos mais citados é o do cara que pede cobertura extra, geralmente um ingrediente caro, como pinhole ou presunto cru, e não quer pagar o preço extra no final. Há também aqueles que comem a pizza inteira e, na última fatia, dizem que não gostaram do prato. Na maioria das vezes, os gerentes se rendem e orientam os garçons a fazer a vontade do público.

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FAMOSOS SEM VANTAGENS

Todas as pizzarias disseram que famosos não possuem regalias e, caso haja fila de espera, têm de aguardar como qualquer outro mortal. Curioso é saber que políticos são os habitués mais frequentes das pizzarias, ao lado de atores e apresentadores de TV. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparece de vez em quando à Castelões e à Veridiana, por exemplo. Já o ex-ministro Delfim Netto ganhou até nome de pizza na Camelo. “Ele sempre pedia uma versão de camarão com mussarela, que batizamos com o nome dele. Mas não existe mais”, conta o gerente Caetano.

Carlos Pizza
Carlos Pizza ()

QUENTINHA ‘PARA O CACHORRO’

Quem nunca quis levar aquela marmita para comer no café da manhã que atire o primeiro tomate. No entanto, muitos clientes ficam tímidos e mentem que os restinhos — das bordas, inclusive — são para o cachorro. “A gente até chega a dar risada, mas sabemos que as bordas não são para os pets”, diz Xavier, da Veridiana

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