Papai Noel mora na Mooca e fabrica o próprio trenó
Funileiro de 64 anos sai há cinco anos pelas ruas de São Paulo para fazer a alegria de crianças e adultos
Por onde passa, o funileiro Cláudio Labate é chamado de Papai Noel. Não pela barriga saliente, que no caso dele não existe. Talvez pela barba branca, na altura do peito.
Mas o que realmente transforma o funileiro no sósia do bom velhinho da Lapônia são as invenções que, na verdade, poderiam render-lhe a alcunha de outro personagem dos contos infantis: Professor Pardal.
Aos 64 anos, o funileiro, que tem uma oficina na Rua Bixira, na Mooca, é um construtor de carros antigos. Há mais de 40 anos ele fabrica réplicas de Corvetes e Limusines.
Mas foi há cinco anos que ele teve a ideia de construir um trenó do Papai Noel, com direito a renas, luzes e sinos, e sair por aí para ver sorrisos. E são muitos. “É indescritível ver a alegria de adultos e crianças”, diz.
Sem roupas vermelhas (“são muito quentes”), mas com um gorrinho, Labarte guarda as economias do ano todo para colocar combustível do trenó (não são as renas que puxam o veículo, fabricado a partir de um chassi de Buggy) e sair, de novembro a dezembro, pelas ruas de São Paulo.
A cada ano ele cria algo novo. Em 2015 fez um letreiro. Para 2016, mandou vir da China um Papai Noel, feito de resina, que está sem camisa e carrega uma prancha de surf.