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Outlets de moda praia em São Paulo

Com a abertura de três pontas de estoque na capital, aumenta o número de endereços onde é possível comprar um biquíni a partir de 50 reais

Por Simone Esmanhotto
Atualizado em 22 dez 2016, 12h13 - Publicado em 30 dez 2013, 17h10

Neste mês, a L’été, especializada em moda praia para crianças e adolescentes, decidiu fazer um mergulho inédito nos seus catorze anos de existência. Presente em 200 multimarcas e sem loja física própria, a grife da paulistana Fernanda Scatamacchia deve acrescentar um canal “outlet” no loja.lete.com.br. Parte dos 500 modelos lançados por estação — biquínis, maiôs, saídas de praia e uma linha de acessórios que vão de chapéus a chinelos, passando por toalhas e raquetes de frescobol — será vendida com descontos de até 50% (uma sunga de 96,90 cai para 49,90 reais) no endereço virtual. As cifras reduzidas nada têm a ver com peças defeituosas. “Não existe fábrica sem sobra de produção”, explica Angela Bellizia, gerente comercial que comanda a operação para liquidar o volume confeccionado a partir de 2010.

Se é um hábito há tempos para as marcas de roupa viver do expediente de pontas de estoque, o mercado do figurino da areia sempre relutou em embarcar no negócio. Gigantes como a Cia. Marítima, por exemplo, parte do grupo Rosset, que detém também a Valisère, nem sequer planejam outlets. Estreante na semana de moda praia de Miami, o empresário Benny Rosset foca a abertura de lojas de preço cheio. Nos últimos dois anos, criou oito estabelecimentos em São Paulo (o principal no Shopping JK Iguatemi).

Aos poucos, porém, a situação vem mudando. Com o investimento on-line, a L’été se junta a duas etiquetas pesos-pesados desse universo — ambas com pontas de estoque (físicas) abertas há dois meses. Para escoar a sobra da produção anual de 25 000 biquínis e maiôs e 12 000 itens de vestuário para usar depois do pôr do sol, a Triya, queridinha das frequentadoras do Litoral Norte, abriu uma sala de 15 metros quadrados na entrada da fábrica no Morumbi. Em trinta dias, reduziu em um terço o estoque de cerca de 3 000 peças. 

O segredo? “Oferecemos descontos entre 70% e 90%”, diz Maria Isabel Fioravanti, de 31 anos, sócia das amigas Isabela Frugiuele, 31, e Carla Franco, 33, na etiqueta, que desfila no Fashion Rio. Na loja do Shopping Iguatemi, um biquíni custa em média 280 reais. No outlet, os preços das coleções lançadas a partir do verão 2011 são fixos, e as peças, vendidas avulsas: calcinhas custam 30 reais e tops, idem. Para as meninas de 2 a 12 anos, biquínis e maiôs cus-tam 40 reais. “A partir do verão 2015, investiremos nos meninos. O outlet deverá receber algo”, antecipa Isabela Frugiuele.

Concorrente pop do grupo Rosset em moda íntima e praia, a Marcyn abriu no fim de novembro um estabelecimento do tipo no 2º andar da loja da Alameda Lorena, esquina com a Rua Augusta. Ali, liquida o restante de 300 000 biquínis, maiôs e saídas de praia produzidos por ano pelo preço mínimo de 49,99 reais. A vantagem vai além do preço: na linha da estilista Janaina Crescente, expert em sutiãs para seios grandes, os tops de biquíni vêm em modelagens reforçadas, raridade no mercado do elastano.

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Entre as veteranas do outlet de praia estão a Blue Beach, em cuja loja de fábrica, que existe há quinze anos, é possível montar um biquíni por até 55 reais; a carioca Lenny, que oferece descontos de 40% na ponta que existe desde 2011; e Adriana Degreas, que há cinco anos veleja na onda da pechincha. A estilista conhecida pelas hot pants (as calçolas à la anos 50) e pelos caftãs mantém, no Bom Retiro, uma loja de 38 metros quadrados, onde vende pela metade do preço coleções desde o verão 2009. “Compro duas peças pelo preço de uma, e com a mesma qualidade”, conta a relações-públicas Tâmar Paiva, de 41 anos, cliente da marca desde a inauguração da primeira loja, em 2004. 

Tâmar se diz “mais interessada no produto” do que no serviço, que acaba somando dígitos ao preço final da peça. Na ponta da Degreas, no entanto, encontrou o meio-termo entre o mar que separa lojas caras e outlets: os produtos têm a mesma embalagem usada na Rua Haddock Lobo e no Shopping Iguatemi (é comum sair de uma ponta com uma sacola plástica) e há um provador. O melhor, no entanto, é a relação com a vendedora. “Ela me liga para avisar quando chegam novas remessas, separa itens que acredita combinarem comigo e reserva peças para eu decidir pela compra depois.”

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Moda praia da estilista paulista radicada no Rio de Janeiro. ( / Lenny – Cerqueira César)

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