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Novo protesto de estudantes tem tumulto e quatro detidos

Alunos bloquearam Avenida Doutor Arnaldo na manhã desta quarta (2) 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h50 - Publicado em 2 dez 2015, 10h23

O protesto de estudantes contrários à reorganização da rede estadual de ensino, realizada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), terminou em confronto e com a detenção de quatro jovens, dois deles menores de idade, na manhã desta quarta (2) em Pinheiros (Zona Oeste). Os manifestantes bloquearam totalmente a Avenida Doutor Arnaldo em direção ao Sumaré, próximo ao cruzamento com a Rua Cardeal Arcoverde.

Os detidos foram encaminhados para o 23º DP (Perdizes) onde prestam depoimento. Por volta das 10h30, um dos detidos foi liberado e encaminhado a um hospital na Barra Funda devido a um corte na cabeça. Luiz Braga, pai de um dos menores levados para a delegacia, disse que a polícia tem agido de forma truculenta. “Eu apoio a ocupação das escolas. Vivemos hoje em um estado supostamente democrático”, disse Braga. “Os pais têm medo de que o aluno possa ser ferido ou morto.” 

A manifestação na Doutor Arnaldo começou por volta das 7h45, quando um grupo de alunos usou cadeiras escolares para interditar totalmente a via.

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Segundo um dos policiais que participou da apreensão, os alunos foram retirados à força da manifestação, pois se recusavam a liberar ao menos um faixa da Doutor Arnaldo.

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Às 7h25, houve outra manifestação de alunos na região do Morumbi, na zona sul da capital. Os estudantes também protestavam contra a reorganização e fecharam os dois sentidos da Avenida Giovanni Gronchi. O protesto foi breve e logo a via foi liberada.

Confronto 

Na noite de terça, durante ato na Avenida Nove de Julho, estudantes e policiais militares entraram em confronto. Os policiais usaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, que reagiram atirarando pedaços de pau e pedras. 

Reorganização

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Em setembro, o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, divulgou uma reforma para que as escolas estaduais tenham ciclo único. A medida faz com que 754 unidades ofereçam só os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), finais (6º ao 9º) ou ensino médio. Com isso, mais de 300 mil alunos serão transferidos e 93 escolas, fechadas.

O governo tem enfrentando oposição porque não dialogou com as comunidades escolares antes do anúncio do projeto. As Faculdades de Educação da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) já repudiaram os argumentos pedagógicos da proposta. Pesquisadores ligados à Universidade Federal do ABC (UFABC) também apontaram fragilidades no estudo da secretaria que baseou a reforma. (Com Estadão Conteúdo)

 

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