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Nossa Senhora da Boa Morte é reinaugurada

Fechada há sete anos, igreja de 1810 foi restaurada e abre no sábado (11)

Por Giuliana Bergamo
Atualizado em 5 dez 2016, 19h32 - Publicado em 18 set 2009, 20h26

Reza o catolicismo que Maria, a mãe de Jesus, foi levada ao céu de corpo e alma quando morreu. Teve o que se poderia chamar de uma morte boa. Desde 1810, os devotos paulistanos veneram sua imagem na Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte, na Rua do Carmo, região central da cidade. Construída com taipa de pilão e adobe (terra batida usada em edificações coloniais), a capela fazia parte do itinerário dos condenados à forca, no século XIX. Na esperança de terem um destino tão bom quanto o da virgem Maria, eles passavam por ali antes de seguir para o Largo dos Enforcados, na Liberdade. Foi no templo também que ocorreram algumas das primeiras missas da cidade nas quais negros e brancos podiam se sentar lado a lado. Apesar da importância histórica, a construção está fechada há sete anos. Desde 2006, quando foi liberado um fundo da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura de 6 milhões de reais, passa por uma reforma. “São Paulo tem apenas oito igrejas do período colonial”, diz o restaurador Júlio Moraes. “Dentro desse contexto, a recuperação dessa construção é extremamente importante para a cidade.”

Sessenta profissionais, como engenheiros, arquitetos, marceneiros, carpinteiros e pintores, trabalham para ressuscitar a igreja. As obras devem chegar ao fim na próxima semana – a cerimônia de reinauguração está marcada para sábado (11), e a partir do dia 13 ela deve ser aberta ao público. A reforma passou por diversas etapas, da remoção e substituição de madeiras que compunham a estrutura do prédio à recuperação da pintura e das cores originais escondidas por baixo de camadas e camadas de tinta, sujeira e cal. Nesse processo, os restauradores descobriram uma joia: um afresco barroco pintado em madeiras que um dia adornaram o forro do templo. A pintura jazia embaixo de camadas grossas de látex cinza. “Aos poucos, vimos a igreja florescer”, conta a engenheira Maria Aparecida Soukef, responsável pela obra. E a Boa Morte ganhou vida nova.

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