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Câmara aprova multa para quem lavar calçada com água da Sabesp

A multa prevista no projeto inicial era de 1 000 reais, mas o valor ficou em 250 reais

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 12h44 - Publicado em 5 mar 2015, 10h19

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nessa quarta-feira (4), em segunda votação, a aplicação de multa de 250 reais para quem for flagrado lavando a calçada com água potável da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O novo texto, aprovado em votação simbólica pelos vereadores, é mais brando do que o anterior e prevê agora advertência por escrito na primeira infração. Apenas dois parlamentares se manifestaram contra.

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Na proposta de autoria dos próprios vereadores aprovada há um mês em primeira discussão, a multa prevista era de 1 000 reais já no primeiro flagrante. A medida desagradou o prefeito Fernando Haddad (PT). Petista e tucano defendem uma advertência antes da multa. O novo texto, que prevê valor dobrado (500 reais) no caso de reincidência, segue agora para a sanção de Haddad.

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Na quarta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou a resistência de prefeitos da Grande São Paulo para aprovar o projeto “padrão” de Alckmin por temerem dividir a “fatura” da crise hídrica com o governo estadual. Em 30 municípios o projeto de lei não havia avançado. A maioria nem sequer encaminhou a proposta para o legislativo. A Sabesp opera a distribuição de água em 33 cidades da região e vende no atacado para outros cinco municípios.

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Na capital, os vereadores estabeleceram ainda que a fiscalização, autuação, cobrança e destinação dos recursos arrecadados, ponto polêmico do projeto, sejam definidos de comum acordo entre a prefeitura e a Sabesp. Haddad tem dois meses para regulamentar a lei.

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Os parlamentares também decidiram retirar do substitutivo a aplicação de multa para quem for flagrado lavando carro. Após pesquisa, eles descobriram que já existe uma lei municipal, de dezembro de 2002, que prevê multa de 250 reais para quem lava veículo na rua.

Crise

“Estamos dando um instrumento para que o poder público possa coibir o desperdício de água tratada da Sabesp nesse momento de crise. A lei não tem objetivo arrecadatório”, disse o vereador Mário Covas Neto (PSDB), que articulou o substitutivo com a bancada do PT.

“A abertura para que a prefeitura e a Sabesp definam como será feita a fiscalização e aplicada a multa é um avanço dessa proposta”, disse o petista Paulo Fiorilo.

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A proposta aprovada é semelhante à minuta de projeto de lei encaminhada em dezembro por Alckmin à gestão Haddad. A pretensão do governo tucano previa advertência na primeira infração e multa a partir de 250 até R$ 1 000 reais.

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“A Câmara Municipal está dando um passo um pouco menor do que poderia dar. Mesmo com o Cantareira 100% cheio, nós deveríamos multar quem lava calçada com água tratada”, disse Laércio Benko (PHS), presidente da CPI da Sabesp.

Na votação, os vereadores também aprovaram uma emenda que prevê destinar recursos do fundo municipal de saneamento pago pela Sabesp para implementar sistema de captação de água, como caixas d’água, poços e cisternas em bairros da periferia.

Duas emendas do vereador Reis (PT), que previam multa de 15 000 reais para a Sabesp caso a empresa não conserte vazamentos de água e definiam prazo de cinco anos para que a empresa reduzisse em 50% o índice de perdas na rede em cinco anos, foram rejeitadas. Hoje, a Sabesp perde 30% da água tratada (O Estado de S. Paulo).

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