Motorista de Porsche bate em cinco carros no centro
Acidente aconteceu na manhã de domingo na proximidades da Rua da Consolação e Praça Roosevelt. Ninguém se feriu
Um motorista de um Porsche Cayenne, que estava alcoolizado, foi preso na manhã de domingo após ter colidido com cinco veículos na região central da cidade. Apesar dos estragos, ninguém se feriu.
+ Pedestres são quase metade das vítimas no trânsito
De acordo com a polícia, o acidente aconteceu nas proximidades da Rua da Consolação com a Praça Roosevelt após o homem deixar uma casa noturna na Rua Araújo. Ele estava acompanhado de seu filho, de 20 anos.
A Polícia Civil informou que o teste de dosagem alcoólica constatou que o motorista estava embrigado.
Levado para o 2º Distrito Policial (Bom Retiro), ele foi liberado após pagar fiança de 3 000 reais.
Reportagem de capa desta semana de VEJA SÃO PAULO mostrou que os pedestres são as maiores vítimas do trânsito paulistano. No ano passado, das 1 249 mortes nas ruas, quase a metade delas (555) foram vítimas de atropelamentos. O número é superior ao de motociclistas (440), mais que o dobro do de ocupantes de automóveis (207) e doze vezes o de ciclistas (47) mortos. Há uma ocorrência a cada dezesseis horas, o que garante a São Paulo o título de metrópole mais violenta do país nesse aspecto. Por aqui, ocorrem quase dois atropelamentos fatais a cada 24 horas. Em outras capitais, como Salvador, a média é de um acidente do tipo a cada quatro dias.
Entre as vias daqui com ficha corrida mais extensa estão as marginais Tietê e Pinheiros, com quinze e dez casos no ano passado, respectivamente, e as estradas de Itapecerica e M’Boi Mirim, ambas na Zona Sul, com sete e seis. Mas pode-se dizer que a liderança no ranking de brutalidade é da Avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, na Zona Leste. É lá que há a maior proporção entre o número de pedestres mortos e o total de vítimas.
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Esse cenário, historicamente desastroso, piorou recentemente. Após alguns anos de queda nos índices de mortalidade, houve crescimento de 8% entre 2013 e 2014. A situação torna-se mais dramática porque a caminhada é a forma básica de locomoção na cidade, responsável por um terço dos 44 milhões de viagens realizadas por ano. “Há algumas iniciativas interessantes, mas ainda não tratamos as pessoas com o mínimo de respeito”, afirma o professor Creso de Franco Peixoto, especialista em transporte do Centro Universitário FEI.