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Mortes se devem à imprudência, à imperícia e à negligência

Nem o número de perdas de vidas em homicídios dolosos supera o de vítimas do nosso tráfego

Por Carolina Giovanelli, Catarina Cicarelli, Daniel Salles, Giovana Romani, Isabella Villalba, Manuela Nogueira, Mauricio Xavier e Tomás Chiaverini
Atualizado em 29 dez 2016, 13h53 - Publicado em 2 abr 2011, 00h51

São quase quatro mortes por dia no trânsito paulistano, um saldo ainda maior que o de outro gigante a ser vencido na cidade, a criminalidade. Só em 2009, segundo a tabulação mais recente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), foram 1.382 vítimas em São Paulo, ante as 1.301 pessoas mortas em homicídios dolosos contabilizadas pela Secretaria de Segurança Pública no mesmo ano. Em um município que, historicamente, prioriza a circulação de carros, a maioria das vítimas é composta de pedestres (48,6%), mas também há um grande número de motociclistas (31%).

Grande parte das tragédias se deve à imprudência, à imperícia e à negligência dos condutores dos veículos, três fatores que configuraram homicídios culposos, caso de 694 dos acidentes de trânsito de 2010 na cidade. “Estamos em um quadro caótico com relação à segurança no trânsito”, diz o professor Coca Ferraz, coordenador do Núcleo de Estudos em Segurança do Trânsito (Nest) da USP de São Carlos, que fez um levantamento da proporção de mortes pela média de quilômetros rodados. No recorte estadual, que inclui as cidades do interior e suas rodovias, São Paulo aparece com 37,60 mortes por bilhão de quilômetros rodados. As comparações com países desenvolvidos nessa pesquisa são humilhantes. A taxa média da Suécia — quatro mortes por bilhão de quilômetros — mostra a que distância estamos de ter um trânsito civilizado, embora a média brasileira, de 57,72, seja ainda mais trágica.

 

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