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Moradores do centro tentam barrar hotel para usuários de crack

Vizinhos de prédio no bairro de Campos Elíseos onde prefeitura quer instalar hospedagem para dependentes temem intensificação de venda de drogas

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h35 - Publicado em 16 abr 2015, 19h52

Moradores do bairro Campos Elíseos, no centro, protestaram nesta quinta-feira (16) contra a criação de um hotel para usuários de crack na Alameda Barão de Limeira. Na quarta-feira, eles entraram com ação judicial pedindo mais segurança na região.

De acordo com o advogado responsável pelo caso, Alex Campos, o prédio não tem alvará e ameaça tanto os dependentes químicos quanto a vizinhança. “É um imóvel irregular e não tem estrutura para abrigar ninguém”, diz.

Neste mês, VEJA SÃO PAULO publicou reportagem sobre sete hotéis habitados por usuários de crack na região central. Os imóveis estão em condições precárias, com fiação elétrica aparente e acúmulo de lixo que atraem ratos e outros bichos. Os banheiros estavam entupidos e imundos.

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Esses imóveis fazem parte do programa municipal De Braços Abertos que, desde janeiro de 2014, oferece moradia, alimentação, seguro de vida e atividades de lazer e capacitação técnica a usuários de droga da Cracolândia. Até o início do mês, 453 pessoas estavam cadastradas e, até então, 10 milhões de reais haviam sido gastos no projeto.

O gestor financeiro Antônio Iézio Silva acompanhou as reformas no prédio da Alameda Barão de Limeira. Quando descobriu que o espaço serviria como abrigo para dependentes de crack, mobilizou os vizinhos. “É um lugar inadequado, não faz sentido”, afirma. “O prédio não tem alvará e traficantes circulam na região, o que pode prejudicar o tratamento. Essas pessoas precisam de acompanhamento médico”, completa.

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Outra preocupação é com a venda de drogas no bairro, que se intensificou desde a criação dos hotéis, segundo o presidente do Conselho de Segurança de Santa Cecília, Fábio Fortes. “A prefeitura não tem controle sobre o tráfico de drogas, o bairro está entrando em decadência”, diz.

“Alguns comerciantes têm medo de fazer denúncias com medo de represálias por parte dos traficantes”, diz o comerciante Silvio Mayrhoser. “Dez pessoas estão morando por lá”, afirma.

A prefeitura informou que abrirá o hotel depois que tiver o alvará e receber a vistoria do Corpo de Bombeiros. Ainda não há previsão para que isso ocorra.

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