Continua após publicidade

‘Menas: o Certo do Errado, o Errado do Certo’ brinca com o idioma

Mostra em cartaz no Museu da Língua Portuguesa trata do certo e do errado em nosso idioma

Por Pedro Ivo Dubra
Atualizado em 5 dez 2016, 18h52 - Publicado em 9 abr 2010, 11h30

Incapaz de competir com o futebol ou a política em termos de polêmica, a análise linguística ainda assim tem uma velha controvérsia: as prescrições gramaticais constituem leis invioláveis ou tudo pode, já que o importante é se comunicar? Sem tomar partido radical da correção absoluta nem do relativismo completo, Menas: o Certo do Errado, o Errado do Certo faz uma reflexão interessante em torno do nosso idioma.

Logo ao chegar à exposição em cartaz no Museu da Língua Portuguesa, o visitante depara com um pequeno caos. Palavras impressas em lâminas transparentes seguem uma disposição confusa. Ao olhá-las por buracos estrategicamente posicionados, o espectador encontra dez frases ordenadas. Entre elas, “O erro de hoje pode ser o acerto de amanhã” e “Se alguém usou uma palavra, ela existe”. Uma boa maneira de propor que o português é algo dinâmico, sujeito ao tempo e à criatividade dos seus falantes. Na sequência, sobressai uma parede com 100 painéis, todos repletos de desvios da norma culta e explicações sobre o porquê de serem considerados equivocados (“A viúva do falecido está aí fora”, por exemplo, caso de pleonasmo vicioso). Ao lado, nove computadores trazem o clássico jogo do certo e errado, com uma diferença básica: todas as alternativas são possíveis. No fim do percurso, encontra-se uma antologia de frases involuntariamente engraçadas — “Temos milk sheyk”, “Vendesse melancia” e a sugestiva “Herrar é umano”. Vídeos e depoimentos em áudio de nomes como o artista plástico Nuno Ramos e o escritor Paulo Lins completam a mostra, que teve a curadoria dos professores Ataliba T. de Castilho e Eduardo Calbucci.

Menas: o Certo do Errado, o Errado do Certo. Museu da Língua Portuguesa. Praça da Luz, s/nº (Estação da Luz), Tel.:(11) 3326-0775, Luz. Terça a domingo e feriados, 10h às 18h. R$ 6,00. A bilheteria fecha uma hora antes. Grátis aos sábados. Até 30 de junho.

 

AVALIAÇÃO ✪✪✪

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.