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Urologista baleado por paciente sai da UTI e já movimenta os braços

O médico Anuar Mitre estava internado na Unidade de Terapia Intensiva desde 15 de setembro, quando foi vítima dos disparos de Daniel Edmans Forti

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 13h58 - Publicado em 13 out 2014, 13h10

Baleado por um paciente dentro de seu consultório em São Paulo, o urologista Anuar Mitre já caminha e movimenta braços e mãos, segundo amigos. Ele saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi transferido para o quarto na última sexta-feira (10). De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês, não há previsão de alta.

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A princípio, Mitre não ficou com nenhuma sequela, ainda de acordo com o relato de amigos. Apesar de uma bala ter passado rente aos olhos, ele não perdeu a visão. O urologista ainda recupera o braço atingido, mas já passa por sessões de fisioterapia.

Mitre estava internado na UTI desde o dia 15 de setembro, quando foi atingido por três disparos efetuados pelo também médico Daniel Edmans Forti, que era paciente do urologista e se matou após atingi-lo.

Caso

No dia 15 de setembro, Daniel Edmans Forti invadiu o consultório do urologista Anuar Ibrahim Mitre, de 65 anos, na Bela Vista, com quem se tratava desde 2012. Ele carregava um revólver Rossi 38 na mão e uma pistola Ceska 6.35 numa sacola plástica. Deu quatro tiros à queima-roupa no médico com a primeira dessas armas. Acertou três.

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Uma das balas atingiu a cabeça da vítima, a outra o braço direito e a última se alojou nas costas. Enquanto a secretária de Mitre saía de lá em disparada em busca de ajuda, Forti usou o mesmo revólver para se suicidar com um tiro na boca. Mitre foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, situado do outro lado da rua.

Forti, de 52 anos, era o filho mais novo de Eduardo Mansur Forti, já falecido, e Eliane Esther Simhon Forti. Ao lado do irmão, o engenheiro José Edmans, de 54 anos, cresceu em Higienópolis. Estudou no tradicional Colégio Rio Branco e se graduou em medicina.

 

Em 2012, Forti sofreu um acidente de moto no Rio de Janeiro e, em um dos procedimentos aos quais foi submetido, teve o canal da uretra rompido. Depois de uma cirurgia, passou a usar uma bolsa plástica que armazenava a urina. Ele procurou então o urologista Anuar Mitre, um dos maiores especialistas do país nessa área. Após a análise do caso pelo urologista, Forti foi submetido a uma nova operação.

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De acordo com o irmão de Forti, ele deixou de usar a sonda, mas começou a sentir dores fortes, dificuldade para caminhar (passou a usar bengala) e ficou impotente. Sem conseguir trabalhar, cancelou seu registro no Conselho Regional de Medicina e passava os dias no apartamento da mãe, para onde se mudara ao voltar a São Paulo.

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Após a cirurgia, o atirador ligou para o urologista por três meses insistentemente. Depois disso, sumiu, e reapareceu somente no dia do crime, com as duas armas de fogo, mais uma faca Tramontina modelo Amazonas.

 

 

 

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