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Mauricio de Sousa comemora cinquenta anos de carreira com novidades

Exposição, documentário para TV, livros, site e CD estão entre projetos

Por Filipe Vilicic
Atualizado em 5 dez 2016, 19h32 - Publicado em 18 set 2009, 20h26

Com cerca de 1 bilhão de revistinhas publicadas em 126 países e traduzidas para mais de trinta idiomas, o cartunista paulista Mauricio de Sousa, de 73 anos, criador da Turma da Mônica, completa meio século de sua bem-sucedida carreira neste sábado (18). A mostra Mauricio 50 anos, no Museu Brasileiro da Escultura (Avenida Europa, 218, Jardim Europa), abre as comemorações na data do aniversário. Serão expostas dezoito pinturas e quinze esculturas com personagens do autor, além de objetos históricos, como o primeiro número da revista da Mônica, lançado em 1970 (acima). No dia será apresentado, pelo canal por assinatura Biography, um documentário sobre o desenhista. Três livros, um site e um CD de músicas também estão programados para os festejos.

O estúdio de Mauricio de Sousa, na Lapa, é o maior produtor nacional de quadrinhos – representa cerca de 80% do mercado. Da sua prancheta saíram mais de 200 personagens. Os primeiros deles são o cãozinho Bidu, inspirado no cachorro que tinha na infância, e o menino Franjinha, baseado em um sobrinho. Ambos protagonizaram sua tira de estreia, publicada em 18 de julho de 1959 no jornal Folha da Manhã, onde Mauricio trabalhava como repórter policial. “Cheguei a São Paulo cinco anos antes, em busca de emprego como desenhista”, diz ele, que nasceu em Santa Isabel, no interior do estado. “Mas só consegui uma vaga de jornalista.” Mauricio fazia caricaturas de seus chefes e aproveitava a proximidade para pedir material de divulgação de quadrinhos americanos. “Quando tive a oportunidade, copiei o estilo estrangeiro para vender meu material”, conta. Após a primeira tira, ele pediu demissão e passou a se dedicar exclusivamente à nova carreira.

Três anos depois de Bidu e Franjinha, o cartunista bolou seu mais famoso personagem, a Mônica. “Já tinha o Cebolinha e o Cascão, mas faltava uma menina”, lembra. “Como não entendia o universo feminino, observei minhas filhas para criar as meninas dos quadrinhos.” Mônica, por exemplo, é sua segunda filha. “Sofri muito na escola porque os meninos imitavam o Cebolinha e me chamavam de dentuça, baixinha e gorducha”, diz a Mônica de carne e osso, hoje aos 48 anos, mãe de dois filhos e diretora comercial dos negócios do pai. Nove dos dez filhos do cartunista, que se casou quatro vezes, originaram criações. Caso da Magali, da Marina e da Valéria. “Como minha filha mais velha tem quase 50 anos e o filho mais novo, 11, acompanhei a mentalidade das crianças de cada época”, afirma Mauricio. “A turminha, que brincava de ciranda e amarelinha, atualmente joga videogame e vive em um mundo globalizado.” Não só o universo dos personagens se expandiu. O império do desenhista não vive apenas dos quadrinhos, que representam somente 15% do faturamento de seu estúdio. A principal fonte de receita são os licenciamentos. Mais de 100 empresas nacionais e internacionais comercializam quase 3 000 itens, como jogos e bonecos.

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