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Masp será coberto com uma estampa de 2 300 metros em adesivo de vinil

'Tramazul' é o nome da intervenção criada pela artista plástica Regina Silveira, que transformará as fachadas do museu em um enorme céu azul

Por Giuliana Bergamo
Atualizado em 5 dez 2016, 18h29 - Publicado em 5 nov 2010, 23h55

Por cerca de um mês, as quatro faces da fachada do Museu de Arte de São Paulo (Masp) farão as vezes de uma parede de apoio para rapel para quatro profissionais incumbidos de empacotá-las. Finalizado o trabalho, os 324 vidros que recobrem o edifício projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, sede do mais importante acervo da América Latina, estarão inteiramente vedados por um imenso adesivo de vinil translúcido com 2 300 metros quadrados criado pela artista plástica gaúcha Regina Silveira. A imagem representa um céu azul, azul, com poucas nuvens, “bordado” em ponto de cruz. “Busquei referências em livros de artesanato manual”, diz a autora, que levou quase um ano para produzir todos os detalhes da obra. Cada um dos furinhos por onde passa a agulha com linhas em tons de cinza, branco e azul foi cuidadosamente desenhado em computador. De tão grande, a estampa precisou ser enviada à gráfica que a imprimiu em vários lotes armazenados em hard disks externos.

A ideia surgiu há cerca de três anos, depois que Regina bolou um céu para ser adesivado sobre as paredes e o chão de um corredor do Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha, no Espírito Santo. Desde então, ela e o curador Teixeira Coelho vinham estudando uma forma de adaptar a imagem para o Masp. “Inicialmente, pensamos em algo para o vão livre, mas, por questões técnicas, o projeto mostrou-se inviável”, conta a artista, que, em 2005, compôs um desenho para estampar os vitrais e parte do piso do Palácio de Vidro, no museu espanhol Reina Sofía, em Madri. O trabalho em São Paulo começou há cerca de duas semanas pela face que dá para a Rua Carlos Comenale e pode ser avistada por quem passa pela Avenida 9 de Julho. A última a ser coberta é a fachada da Avenida Paulista. Se o tempo colaborar — quando há muito sol ou chuva, o serviço tem de ser interrompido —, a previsão é que até o próximo dia 15 o Masp esteja inteirinho empacotado. Batizada de ‘Tramazul’, a intervenção deve ficar no museu pelo menos até janeiro do ano que vem.

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