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Marina vai apoiar Aécio e pedir aliança de programas

A terceira colocada na disputa presidencial quer que o tucano inclua em seu programa de governo causas defendidas por ela nas áreas educacionais e de meio ambiente

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h00 - Publicado em 7 out 2014, 09h48

Marina Silva (PSB), terceira colocada na disputa presidencial, decidiu apoiar Aécio Neves no segundo turno da eleição presidencial. Quer, porém, que o tucano inclua em seu programa de governo causas defendidas por ela nas áreas educacionais e de meio ambiente. A ideia da ex-ministra é fazer o anúncio de um “acordo programático”. Esse apoio seria costurado a partir de itens convergentes nos programas dos dois, como o fim da reeleição e a reforma tributária.

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O que está em discussão, agora, é se a adesão de Marina ocorrerá com o PSB ou se será uma manifestação da Rede Sustentabilidade, grupo político da ex-ministra abrigado no partido que foi presidido por Eduardo Campos, morto em agosto.

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Marina diz que não quer condicionar sua decisão a cargos, o que ela define como “velha política”. O caminho da “nova política” é pedir um compromisso formal de pontos do programa de governo anunciado pelo PSB em agosto. O discurso é semelhante ao adotado um ano atrás, quando Marina se filiou ao PSB de Campos, e meses depois, ao anunciar ser vice na chapa então encabeçada pelo ex-governador.

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Marina defende itens como a manutenção das conquistas socioeconômicas dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, a inclusão da sustentabilidade na agenda e a garantia de aumento de produção do agronegócio sem riscos à floresta amazônica.

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Além disso, destacar os pontos em comum entre os planos de governo, como o fim da reeleição e a reforma tributária, é uma forma de Marina convencer aliados da Rede mais reticentes ao apoio ao tucano e que preferem a neutralidade, a exemplo do que ocorreu em 2010. Naquele ano, a terceira colocada fez uma lista de dez itens de seu programa e a enviou tanto a José Serra e quanto a Dilma. Sem a resposta esperada dos concorrentes no segundo turno, ficou neutra.

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No último domingo (5), em discurso após reconhecer a derrota, Marina deu a entender que não ficaria neutra de novo e que os brasileiros demonstraram “sentimento de mudança” nas urnas.

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Entre os “marinheiros”, é consenso de que os ataques da campanha petista impedem uma aproximação com Dilma. “Não há como conversar com o PT”, disse Sérgio Xavier, um dos assessores mais próximos de Marina. “A nova política é você se unir a partir de um programa de governo, e é isso que nós queremos fazer.”

A tendência entre os partidos aliados de Marina é apoiar Aécio. Já se manifestaram nesse sentido o presidente do PPS, Roberto Freire, que convocou reunião para esta terça-feira (7), e o do PSL, Luciano Bivar. Dirigentes de PHS, PPL e PRP também tendem a declarar adesão à campanha do tucano.

Reunião

No PSB, foi marcada para quarta-feira (8) uma reunião da Executiva para se buscar um consenso sobre o segundo turno. A Rede também discute o assunto nesta quarta-feira. Na segunda-feira (6), porém, lideranças do PSB já começaram a indicar preferência por Aécio ou mesmo a declarar voto no tucano.

Mesmo o presidente nacional do partido, Roberto Amaral, aliado de longa data e ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou que não seria contra o apoio ao candidato do PSDB. “O fundamental é estar envolvido em um processo de progresso, de crescimento. Às vezes um reacionário serve de avanço.”  (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo).

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