Mantega aceita pedido de desculpas de empresários que o hostilizaram
Ex-ministro foi chamado de "palhaço" e "ladrão" em junho deste ano em restaurante na Vila Olímpia
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega decidiu conceder perdão judicial aos empresários que o hostilizaram em junho deste ano no restaurante Trio. Mantega havia acionado os empresários por calúnia, injúria e difamação.
Mantega havia contratado o escritório do advogado José Roberto Batochio para identificar e acionar judicialmente os agressores. No entanto, como revelou a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, nesta sexta (11), o ex-ministro decidiu conceder o perdão judicial a Marcelo Melsohn e João Locoselli.
+ João de Deus está internado em São Paulo
Batochio disse a VEJA SÃO PAULO que os advogados dos empresários o procuraram com a proposta de apresentar uma retratação. “O ministro me disse ser uma pessoa que não guarda rancor e que, se estavam dispostos a admitir que erraram, daria o perdão judicial”, afirmou o advogado. O perdão agora será levado para a análise do juiz, que deve aceitar a decisão.
Hostilidades
Na tarde dde 28 de junho, no restaurante Trio, na Vila Olímpia, o político ouviu gritos de alguns clientes que o chamavam de “ladrão”, “palhaço” e “sem vergonha” e diziam “estão acabando com o país”, referindo-se ao Partido dos Trabalhadores, e “acabaram com a Petrobras”.
É, pelo menos, a terceira vez nos últimos tempos que Mantega ouviu provocações. Em fevereiro, foi hostilizado na lanchonete do Hospital Albert Einstein. Ele acompanhava a mulher, que fazia tratamento contra um câncer. Em maio, ao deixar um restaurante italiano foi vaiado.