MAC apresenta ampla retrospectiva do artista italiano Alberto Magnelli
Mostra revisita as fases ecléticas da produção do artista modernista no espaço no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera
A poucos meses da inauguração da nova sede, prevista para dezembro no antigo prédio do Detran, o MAC dedica uma retrospectiva ao modernista italiano Alberto Magnelli (1888-1971) em seu espaço no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera. Composta de 64 telas pintadas entre 1912 e 1969, a mostra revisita as fases bem ecléticas da produção do pintor. Apaixonado pelos mestres florentinos, como Piero della Francesca e Giotto, Magnelli começou praticando retratos e naturezas-mortas. Ainda na década de 10, aderiu ao abstracionismo de cores fortes, embora mantivesse as formas reconhecíveis. Retornou à figuração durante um curto período, para então adotar a abstração de viés geométrico, linha com a qual prosseguiu até a morte.
Alberto Magnelli teve grande importância para o cenário artístico da cidade ao conhecer, por intermédio do irmão, o industrial Francisco Matarazzo Sobrinho (1898-1977), de quem se tornou amigo. Em 1946, Ciccillo Matarazzo pretendia fundar em São Paulo o primeiro museu de arte moderna do país. Radicado em Paris, Magnelli ajudou a encontrar trabalhos de nomes importantes da arte europeia e de jovens em ascensão, aproveitando-se dos preços acessíveis devido à crise financeira do pós-guerra. Assim, o empresário adquiriu obras-primas de Picasso, Matisse, Miró e outros grandes artistas que alicerçaram a atual coleção do MAC, criado em 1963. Embora tenha recebido prêmios nas Bienais de São Paulo de 1951 e 1955, Magnelli não chegou a conhecer o Brasil.
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