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Leandra Leal

Com 26 anos, atriz interpreta Nelson Rodrigues

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 19h32 - Publicado em 18 set 2009, 20h27

Jovem atriz carioca radicada em São Paulo, Leandra Leal supera um desafio que perturba muita estrela veterana: interpretar a personagem Alaíde da peça Vestido de Noiva, clássico de Nelson Rodrigues em cartaz no Teatro Vivo. Fruto de uma “produção independente” da atriz Angela Leal com o advogado Júlio Braz, ela vive na cidade desde 2003, ao lado do músico José Paes de Lira, o Lirinha. Adaptada ao ritmo paulistano, só se sente bem fazendo mil coisas ao mesmo tempo.

Como surgiu o convite para Vestido de Noiva?

Durante a novela Ciranda de Pedra, no ano passado. Quando gravamos o casamento da minha personagem, o Claudio Fontana (ator da novela e produtor do espetáculo) me viu de noiva e falou que eu poderia fazer a Alaíde. Tinha acabado de filmar Bonitinha, mas Ordinária, também de Nelson Rodrigues, cujo lançamento será no segundo semestre.

Você estreou na TV aos 12 anos. Houve cautela da parte de sua mãe?

Muita. Quem me matriculou em um curso de teatro foi meu pai. Eu era muito tímida. Sempre fui estudiosa, ótima aluna, mas tinha dificuldade de circular em outros meios.

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Trabalhar cedo prejudicou sua adolescência?

Não. Existe uma consequência ruim. Eu me tornei hiperativa. Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo. Tanto que não consigo me concentrar com silêncio. Quando estudo, preciso de música, pelo menos.

Como lida com a hiperatividade?

Tento me policiar, mas sofro os efeitos. Minha taxa de colesterol é alta. Estava tranquila até dois meses atrás. Foi quando comecei a gravar Decamerão, um especial da Globo, de segunda a quinta, em Bento Gonçalves (RS).

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Sobra tempo para malhar?

Malhar? Faço pilates. Tenho faculdade e pilhas de textos para ler. Curso artes do corpo na PUC. Há três anos, eu me matriculo em quatro matérias por período. Vou demorar para me formar.

Como começou sua relação com São Paulo?

Minha mãe foi criada em São Paulo, é corintiana e sempre gostei do Timão. Quando comecei a namorar o Lira, queria sair do Rio. Acho que todo mundo deve sair da cidade onde nasceu. Mas mantenho meu apartamento carioca na Gávea.

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Do que mais você sente falta do Rio?

Da praia. Penso em encontrar um refúgio aqui perto, um sítio. Morar em frente ao Parque da Água Branca me dá uma aliviada. Caminho, vou à feira de alimentos orgânicos, compro minhas comidas. Só não consigo andar de bicicleta, como no Rio. Tenho vontade de pedalar no Minhocão, mas a poluição faz um mal danado para a pele.

Tem preocupações com a alimentação e a balança?

Nunca comi carne. Não sou uma mulher esquelética, magra. Tenho 1,68 metro e fico perto dos 60 quilos. Mas não me peso. Não vivo de publicidade. Se for fazer uma personagem bem magra, vou para a academia, assim como engordaria se o papel exigisse. Gosto de atuar, escrever, dirigir, organizar festas.

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Organizar festas?

Adoro! Estou preparando uma no Vegas Club para comemorar o sucesso da peça. Saio muito à noite. E aqui em São Paulo mais ainda, porque não tem paparazzi como no Rio.

Qual é seu estilo para se vestir?

Garimpo coisas em brechós, em bazares, nos camelôs ou na Rua Oscar Freire. Gosto de misturar. Uso muitos acessórios e tenho uma coleção de chapéus. No dia a dia, prefiro jeans e vestidos. Só me maquio quando dá vontade. Gasto mais tempo cuidando do cabelo. Daqui a pouco vou ter de pintar de mais loiro ainda para uma filmagem.

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Você tem uma tatuagem de coração nas costas. Não atrapalha para determinados papéis?

Fiz há dois anos. Na peça, como uso um vestido decotado, as pessoas reparam. Mas faço questão de não disfarçar.

E esse esmalte verde?

A cor é kiwi. Gosto de usar esmaltes diferentes. Acho que nunca pintei a unha de branquinho, francesinha. Só para alguma personagem. Por minha causa, o diretor Gabriel Villela fez todos os atores de Vestido de Noiva pintar as unhas de cores diferentes, inclusive os homens.

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