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Laudo aponta que Marcelinho poderia ter matado diretora, diz jornal

Documento aponta que a diretora da escola onde o jovem suspeito de matar os pais estudava poderia ter sido vítima, segundo reportagem da <em>Folha de S. Paulo</em>

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 15h40 - Publicado em 8 set 2013, 22h17

O laudo psicológico sobre o estudante Marcelo Pesseghini, suspeito de matar os pais, a avó e a tia-avó e em seguida cometer suicídio no dia 5 de agosto, afirma que a diretora da escola que o garoto estudava poderia ter sido também uma de suas vítimas. O documento do Instituto de Criminalística também afirma que o sargento da Rota, Luís Marcelo Pesseghini, pais de Marcelinho, ensinou o garoto a manusear armas de fogo e a mãe, a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, o ensinou a dirigir, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada neste domingo (8).

O documento, segundo a Folha, decreve o adolescente de 13 anos como um jovem “de poucos amigos, que passava horas jogando video-game, especialmente o violento Assassins Creed” (onde o personagem principal é um assassino de aluguel). Afirma ainda que médicos chegaram a estimar que o garoto vivesse até os 4 anos por conta de uma doença degenerativa. Por conta disso, os pais o proibiam de sair com os amigos e brincar na rua, o que o deixava irritado.

De acordo com a reportagem, o laudo afirma que a intenção do garoto era se ver livre de quem o oprimisse de alguma forma e, após matar os pais e ir à escola, ele havia adotado a postura do assassino do video-game, “andando com passadas largas”. Segundo a Folha, por meio de investigações da Polícia Civil, a diretora do colégio Stella Rodrigues, onde ele estudava, seria um possível alvo.

O documento mostra ainda uma conversa no tablet de Marcelo entre ele uma prima no dia 13 de maio de 2013. No arquivo, ele interrompia as mensagem da prima com a frase “Rota é f***” por diversas vezes. A garota chegou a responder com a mensagem “oi filho vc está bem?”. Em seguida, ela disse que o amava e não teve resposta.

Perícias

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Os laudos da perícia divulgados pela polícia sobre as mortes da família Pesseghini no sábado também reforçam a tese de que o estudante teria matado os familiares antes de se matar. Segundo os documentos, embora não seja possível compreender os motivos que teriam levado o garoto a cometer o crime, elementos indicam que ele tinha comportamento violento e pretendia fugir de casa.

“Pelo posicionamento dos corpos, região de seus ferimentos, pelo fato de que todos os estojos de arma de fogo saíram da mesma arma encontrada no local e onde esta foi encontrada, pode-se inferir que o pai, a mãe, a avó e a tia-avó do garoto foram vítimas de homicídio por disparos da arma de fogo citada”, conclui o laudo, que também afirma que não foram achados vestígios de que o local tenha sido invadido ou que bens tenham sido retirados.

Embora reforce que a determinação dos motivos que levaram o garoto a cometer o crime “não é da competência da perícia criminal”, o documento afirma que alguns itens encontrados no local podem contribuir para tal conclusão, como armas de brinquedo, espingarda de pressão, pequenos projéteis de chumbo e arco. Além disso, na mochila de Marcelo, encontrada na garagem, havia rolos de papel higiênico, peças de roupa, dinheiro, uma faca e um revólver, o que, segundo a perídia, indica que ele pretendia fugir de casa.

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