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Laudo aponta que Marcelinho tinha dificuldade em separar fantasia e realidade

Rapaz que matou os familiares e depois se suicidou sofria de falta de oxigenação no cérebro 

Por Redação VejaSãoPaulo.com
Atualizado em 5 dez 2016, 15h38 - Publicado em 24 set 2013, 13h54

O laudo psiquiátrico encomendado pela Polícia Civil para ajudar a entender o comportamento de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, que matou a família e depois se suicidou no dia 5 de agosto, conclui que o garoto tinha transtornos mentais desencadeados pela fibrose cística, doença genética incurável que causa problemas respiratórios. De acordo com o parecer médico assinado pelo psiquiatra Guido Palomba, aos 2 anos de idade Marcelinho se submeteu a uma tomografia com anestesia geral e teve “grave intercorrência”, permanecendo por mais de seis horas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O fato de ter pulmões comprometidos pela fibrose cística, acrescido de pneumotórax, levou a uma deficiente oxigenação dos tecidos corporais, dos quais o cérebro é o mais nobre e que sofre primeiro.”

+ Quando uma família termina em tragédia 

Essa deficiência, detectada ainda na infância pela médica do menino, a pneumologista Neiva Damaceno, afetaria todo o desenvolvimento de Marcelinho e ajudaria a explicar os “delírios” do menino. “A hipóxia cerebral, nessas condições descritas, é sinônimo de encefalopatia, exatamente a base de todo o transtorno mental de Marcelo.” Palomba continua o laudo dizendo que tal condição cerebral pode determinar “a conduta do indivíduo em fase da adolescência e adultícia, e não raro aparecem condutas criminosas bizarras, inusitadas e bastante graves”. 

A fixação por jogos violentos e a criação do “Clube dos Mercenários”  – um grupo de exterminadores inspirado em um videgame – com os colegas de escola também influenciaram a atitude do menino. “Os games vieram em uma época em que já tinha familiaridade com armas de verdade”, diz o laudo. Para Palomba, Marcelinho tinha livre acesso às armas do pai, o policial da Rota Luís Pesseghini, e da mãe, a também policial militar Andréia Bovo Pesseghini. 

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Marcelinho também teria se suicidado “não por arrependimento, mas por fracasso”. “Em suma, a motivação do crime foi psicopatológica. Sofrendo de encefalopatia, desenvolveram sobre esse terreno ideias delirantes sistematizadas e circunscritas (delírio encapsulado), nas quais a imaginação e a realidade se misturaram morbidamente”, conclui o laudo.

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