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Justiça aceita pedido de falência de spa de luxo que deixou clientes na mão

Os bens da proprietária Ana Massardi serão avaliados para que os valores sejam pagos aos credores, que incluem funcionários e clientes

Por Marcus Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h16 - Publicado em 10 fev 2014, 16h56

Na última sexta (7), a Justiça de São Paulo aceitou o pedido de falência do Hara Spa, espaço de luxo frequentado por celebridades, que fechou as portas em 28 de dezembro do ano passado. A solicitação havido sido feita em janeiro pela própria dona do estabelecimento, Ana Massardi, conhecida como Ana Hara, que alegou não ter dinheiro para manter a estrutura em funcionamento e deixou clientes que compraram pacotes de tratamentos sem os serviços, além de 32 funcionários sem emprego. 

+ Ex-funcionários do Hara Spa mostram fotos do local depredado

O juiz Daniel Carnio Costa, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo afirma no processo que “a requerente não tem condição de arcar com suas obrigações, estando impossibilitada de prosseguir com sua atividade”. Agora, todos os bens de Ana Hara serão avaliados e, a partir daí, a Justiça indicará como serão feitos os pagamentos para os credores, que incluem funcionários e clientes.

Segundo o advogado das trabalhadoras, Fábio Miranda, com a medida, o processo será ainda mais demorado para que elas possam receber, pois é preciso que o Ministério Público defina quando o valor será ressarcido. Só assim poderá ser feita uma sentença na Justiça do Trabalho. Ele conta que está finalizando os documentos com as reclamações trabalhistas das clientes, já que cada umas delas deverá entrar com um processo, somando 32 ações contra a proprietária, que superam o milhão de reais.

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Em entrevista à VEJA SÃO PAULO, Ana Hara reconheceu o calote nos consumidores, pelo qual diz “sentir muito”, sem prometer ressarcimento. “Drenem as mágoas e vamos seguir nossas vidas”, propõe. “Sou uma mulher honesta. Falida, sim. Golpista, nunca.”

Entenda o caso

Em vinte anos de história, o Hara Spa proporcionou a sua clientela abastada os benefícios de tratamentos como massagens com pedras vulcânicas e banho de vinho no ofurô, em sessões que custavam, ultimamente, 240 reais, atendendo nomes como Ana Maria Braga, Ellen Rocche e Hebe Camargo.

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A empresa, avaliada em 2,7 milhões de reais, fechou as portas em 28 de dezembro e não voltou a funcionar desde então. A proprietária afirma que a quebradeira começou com a mudança de sede, em 2005 (antes, o negócio funcionava no Itaim Bibi). O aluguel chegou a 80 000 reais.

A situação teria piorado com a abertura de uma unidade dentro de um hotel em Búzios, em 2010, que não engrenou. Dois anos depois, uma franquia do Hara Spa, capitaneada por uma ex-cliente, completou o drama. Em paralelo, para sair do buraco, ela conta que teria feito múltiplos empréstimos ao longo dos anos, até acumular 5 milhões de reais em débitos.

As queixas sobre os funcionários se estendem aos últimos suspiros do empreendimento: ela diz que, ao saberem que o salário de dezembro e o décimo terceiro, que estavam atrasados, nunca seriam pagos, os profissionais roubaram equipamentos como TVs e foram os responsáveis por depredar o local. Os funcionários negam a acusação.

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No fim do ano, o Hara havia vendido pacotes de até quarenta sessões, ao custo aproximado de 3 500 reais. Muitas clientes que compraram as sessões acabaram ficando com o prejuízo e agora pretendem processar a empresária.

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