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Jovem diz ter sofrido assédio dentro de vagão do Metrô

Segundo a vítima, segurança culpou o seu vestido pelo ataque; Metrô informa que está apurando os fatos

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h33 - Publicado em 23 mar 2016, 19h04

Uma estudante de jornalismo de 18 anos usou o Twitter relatar que foi vítima de assédio sexual no Metrô de Sâo Paulo. A jovem contou que o caso aconteceu na manhã de terça (23), entre as estações Tatuapé e República, na Linha 1-Vermelha.

Procurada por VEJA SÃO PAULO, ela contou que a agressão ocorreu por volta das 7 horas. Disse que o homem  entrou no vagão em que estava, encarou-a e se posiciou atrás dela. “Tentei me afastar, mudar de posição, mas não consegui porque estava muito cheio.” Na altura da estação Bresser, por mensagem, ela contatou sua mãe, que repassou o telefone do canal de denúncias do Metrô

Segundo ela, o auxílio do Metrô não veio em tempo. No Twitter, ela reproduziu a troca de mensagens (confira abaixo). A vítima disse que estava sofrendo assédio e pediu ajuda. Em resposta, recebeu uma notificação padrão do metrô. Depois, informou o número do vagão e anunciou que estava na estação Brás, no sentido Barra Funda. “Eu preciso de ajuda”, “Urgente”. O Metrô então pediu as características do indivíduo. “Agora? Ele já me agrediu e fugiu”, ela responde. 

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Ela conta que ainda estava dentro do vagão quando sentiu a sua roupa molhada e confrontou o sujeito. “Perguntei ‘Você está louco? O que está fazendo?’ Ameacei tirar fotos dele, mas ele segurou o meu punho, que hoje está roxo, e meu celular caiu no chão”, disse. “Os homens que estavam perto deram risadinhas e falaram que eu fui assediada porque estava de vestido”.

Ao chegar a estação República, Anna disse que tentou perseguir o criminoso, mas não o alcançou. Encontrou um segurança no meio do caminho e pediu ajuda. “Ele informou que só podia fazer a queixa com o agressor junto e ainda disse ‘porque você está de vestido'”. Por meio de nota, o metrô informou que o caso está sendo apurado criteriosamente.

Pouco mais de uma hora após divulgar o caso no Twitter, na terça-feira, ela conta que foi procurada pela assistência do Metrô. A jovem também afirma que vem recebendo ameaças pelo Facebook e em seu e-mail de trabalho. “Recebi ameaças de perfis falsos e e-mails falando que eu merecia ter sido assediada. Estou salvando tudo”, disse. 

Procurado, o Metrô e a Concessionária ViaQuatro (operadora da Linha 4-Amarela) informou, por meio de nota, que está em contato com a usuária e à disposição para ajudar a esclarecer o ocorrido.

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“O Metrô Informa que, após receber o SMS-Denúncia, agentes de segurança da empresa foram ao vagão descrito pela usuária em duas ocasiões, entretanto, não houve manifestação dos passageiros. O Metrô e a ViaQuatro não toleram e repudiam o abuso sexual, crime que deve ser combatido dentro e fora do transporte público”.

Segundo a nota, “88% dos abusadores descritos pelas vítimas são detidos pelos agentes do Metrô e encaminhados à Delpom – Delegacia do Metropolitano – órgão responsável pela investigação dos crimes no sistema metroferroviário paulista” 

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