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Incêndio destrói auditório no Memorial da América Latina

Fogo começou no teatro Simón Bolívar, onde há uma tapeçaria de 800 metros quadrados da artista Tomie Ohtake. Dez bombeiros ficaram feridos. 

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 1 jun 2017, 17h29 - Publicado em 29 nov 2013, 16h43

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Memorial da América Latina, na Barra Funda, na tarde de sexta-feira (29) e destruiu o Auditório Simón Bolívar. Segundo o Corpo de Bombeiros, onze integrantes da corporação e um brigadista ficaram feridos, quatro em estado grave. Com as vias respiratórias queimadas, eles foram levados para a UTI do Hospital das Clínicas, mas não correm mais risco de morte.

 

O fogo já foi controlado e foi iniciado o trabalho de rescaldo, que deve atravessar a noite. O major Mauro Lopes disse que os bombeiros encontraram muita dificuldade para apagar as chamas por causa da alta temperatura e da presença de gases inflamáveis. No total, 51 viaturas da corporação e 109 homens foram deslocados para conter o incêndio, além do helicóptero Águia da Polícia Militar.

As chamas começaram pouco antes das 15 horas. De acordo com funcionários da Fundação Memorial, o prédio ficou sem luz por volta das 14 horas, quando foram informados de que havia um curto-circuito no teto do salão da plateia B do auditório Simón Bolívar. Pouco tempo depois, a fumaça começou a ser vista.

Quando os bombeiros chegaram, aconteceu uma explosão, chamada “flash over”. Esse fenômeno ocorre por causa da alta temperatura e do material inflamável, além da pouca presença de oxigênio.

O auditório tem capacidade para 1 600 pessoas e abriga uma tapeçaria de aproximadamente 800 metros quadrados feita pela artista plástica Tomie Ohtake. Apesar de estar aberto, o espaço não tinha nenhuma atividade durante esta tarde. Funcionários que estavam no local saíram rapidamente.

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Obras públicas - Tomie Ohtake
Obras públicas – Tomie Ohtake ()

O Secretário Estadual de Cultura, Marcelo Mattos Araújo, afirmou que não é possível avaliar a extensão dos danos. Ele disse ainda que a obra mais atingida foi a tapeçaria de Tomie Ohtake. “Mas ela poderá seguramente ser refeita e devolvida à população.” O presidente da Fundação Memorial, João Batista de Andrade, explicou que o prédio e as obras têm seguro. Ele afirmou ainda que a vistoria está em dia, além de extintores e hidrantes funcionando. Consultados, os bombeiros não confirmaram a informação.

A Companhia de Engenharia de Tráfego recomenda aos motoristas que evitem o local, pois o cruzamento da Avenida Senador Auro Soares de Moura Andrade com a Alameda Olga está bloqueado. O desvio para quem vai no sentido Lapa é feito pela Alameda Olga, Rua Tagipuru e Avenida Francisco Matarazzo.

O governador Geraldo Alckmin este no local para verificar os danos e elogiou a “bravura” dos bombeiros. “O Memorial tinha o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) válido até 2014, mas precisamos investigar as causas [do incêndio]”, disse.

Incêndio - Memorial - Corpo de Bombeiros 2
Incêndio – Memorial – Corpo de Bombeiros 2 ()
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Segundo o coronel Erick Colla, o fogo começou no auditório B e depois atingiu o auditório A. O local tinha muito material inflamável como madeira, carpete e estofados. Segundo o oficial, ainda não é possível determinar o que iniciou o fogo. “Não trabalhamos com suspeitas. Determinaremos após uma perícia real.”

Em nota, a Secretaria de Estado da Cultura lamentou o acidente no prédio “reconhecido como um dos mais importantes patrimônios culturais do Estado e de grande relevância para todo o país”. O comunicado diz que a secretaria aguarda que as perícias técnicas indiquem as causas do acidente e “tomará todas as providências necessárias para restaurar a edificação o mais breve possível”. 

Festival adiado

De acordo com a Secretaria de Cultura, em virtude do acidente, o 7º Encontro Paulista de Hip Hop, que aconteceria neste sábado (30), será adiado, ainda sem data prevista para sua realização. “Em respeito ao público, será mantida uma curta apresentação da americana MC Mahogany Jones e da DJ Simone Lasdenas, às 15h, na Praça Cívica do Memorial”, diz o texto.

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