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Hebe Camargo

Enquanto combatia um câncer, a apresentadora brilhou não só na televisão, mas também num CD e num DVD

Por Alvaro Leme
Atualizado em 5 dez 2016, 18h24 - Publicado em 10 dez 2010, 20h36

“Eu não tinha noção de que as pessoas gostavam tanto de mim”, afirma Hebe Camargo, acomodada num dos sofás de sua mansão no Morumbi. Espera aí, Hebe, como assim? Uma pessoa que passou as seis últimas décadas sob os holofotes poderia não saber de algo aparentemente tão óbvio? Entre uma e outra garfada de bolo de chocolate, ela diz que jamais — desde os tempos em que ainda era a Moreninha do Samba no rádio — havia sido tão festejada e celebrada. “Entro num restaurante e todas as mesas olham, comentam, mandam beijos e recados”, diz. “Para o bem ou para o mal, 2010 foi o ano dela”, completa Claudio Pessutti, sobrinho e empresário da apresentadora mais longeva da televisão brasileira.

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Pessutti refere-se à sucessão de acontecimentos desencadeados no réveillon de 2009, quando Hebe antecipou seu retorno de Miami devido a um mal-estar. Logo ela, que sempre se gabou de ter saúde de ferro. Foi diagnosticada com câncer no peritônio, a membrana que reveste os órgãos das regiões pélvica e abdominal. Começou ali uma comoção nacional que envolveu anônimos e famosos das mais variadas estirpes. Fãs aglomeravam-se na porta do Hospital Albert Einstein, onde a apresentadora estava internada, em busca de informações. No quarto, revezavam-se ao telefone um sem-número de personalidades, do patrão Silvio Santos ao ídolo-mor da loira, o cantor Roberto Carlos.

Ao receber alta, Hebe só foi para casa depois de fazer escova nos belos cabelos platinados copiados por admiradoras Brasil afora. Especulou-se, daí, o impacto que perder os fios — ela deveria submeter-se a seis sessões de quimioterapia, das quais acabou precisando apenas de cinco — teria sobre sua autoestima. “Quando vi que o cabelo estava caindo, eu mesma raspei”, conta. Oito meses depois, já não usa peruca. Os fios das fotos desta matéria são os dela, recém-crescidos. “Duvida? Puxa aqui para ver se é peruca”, diz ela ao repórter de VEJA SÃO PAULO. E não era mesmo. “Não sou tão vaidosa quanto pensam. Meu cabelo, aliás, já voltou em todos os lugares do corpo”, diz, e solta uma gargalhada.

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Hebe completou 80 anos de vida em 2009, razão pela qual recebeu uma leva de comendas e festas em todo o país. A revelação de que tinha câncer prorrogou a temporada de homenagens. Em novembro último, brilhou com todos os quilates a que tinha direito (até trocou de joias no meio da cerimônia) como uma das personalidades celebradas na versão latina do Grammy, prêmio americano da música. Semanas antes, havia reunido uma constelação de famosos no Credicard Hall para a gravação de um DVD. Dividiu o palco com cantores como Gilberto Gil, Maria Rita, Fábio Jr. e Leonardo. Terminou, claro, ovacionada pela plateia.

A imagem que ilustra a capa desta edição é de abril, quando a medicação contra o câncer fez cair os cabelos da estrela. Foi cedida pela própria Hebe. “Pedi para a Leda, que cuida do meu cabelo, bater a foto, que eu nunca havia mostrado a ninguém”, afirma. Nem mesmo os empregados de casa ou Pessutti, seu braço direito e companhia de quase todas as horas, a viam sem peruca. “Ela trancava a porta quando a tirava”, lembra o empresário. Por que, então, decidiu autorizar a publicação da fotografia? “Para mostrar de vez às pessoas que é possível vencer o câncer. Quero passar uma mensagem de vida.”

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