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Haddad diz que é “incoerente” comércio cobrar pelas sacolinhas

Prefeito fez um apelo aos empresários, pedindo colaboração para atingir a meta de 10% de coleta seletiva

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h37 - Publicado em 9 abr 2015, 19h55

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse nesta quinta-feira (9) que é “incoerente” os estabelecimentos comerciais cobrarem pelas sacolinhas plásticas.

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“Sempre puderam cobrar ou não pelas sacolinhas. Sempre puderam e nunca cobraram. Agora que você tem um projeto de sustentabilidade, vão passar a cobrar? Considero incoerente com a responsabilidade ecológica que todo empresário tem que ter. O empresário deveria estar promovendo a sustentabilidade e não colocando obstáculos para que essa sustentabilidade possa se tornar realidade”, afirmou.

Com a lei em vigor desde o último domingo (5), os estabelecimentos comerciais estão proibidos de distribuir as tradicionais sacolas plásticas. Desde então, os supermercados começaram a cobrar 8 centavos por unidade. Em caso de desrespeito às novas regras municipais, o estabelecimento pode ser multado em até 2 milhões de reais.

O prefeito fez um apelo aos empresários, pedindo colaboração para atingir a meta de 10% de coleta seletiva na cidade. Hoje, o porcentual de reciclagem é de 3%. “Se nós não pudermos contar com quem produz, com o comércio e com a chamada economia circular e engenharia reversa, que é o que nós estamos propondo, nós não vamos atingir a meta.”

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A Associação Paulista de Supermercados (APAS), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Fecomercio-SP foram procuradas, mas não responderam.

Segundo Haddad, se não houver “esforço dos supermercados e da população em geral”, as duas centrais mecanizadas de triagem da cidade, onde é feita a coleta seletiva, correm o risco de ficar ociosas. O prefeito admitiu que, nestes primeiros meses de funcionamento, os locais ainda estão subutilizados.

Em 2014, foram inauguradas duas centrais mecanizadas de triagem: uma em Santo Amaro, na zona sul, e na Ponte Pequena, na região central. Cada uma delas custou 33 milhões de reais. Outras duas devem ser inauguradas até 2016, segundo a prefeitura.

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Um terço da cidade de São Paulo não pode ser multado por infringir a Lei das Sacolinhas. Segundo a Secretaria de Serviços, cerca de 32% das residências da capital ainda não dispõem de coleta seletiva e, portanto, não podem ser cobradas pela nova regra da prefeitura.

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Atualmente, dez distritos da cidade não contam com o serviço, metade deles na Zona Leste: Guaianases, Jardim Helena, Iguatemi, Cidade Líder e Lajeado. Parelheiros, Jardim Ângela e Marsilac, na Zona Sul, além de Perus, na Zona Norte, e Raposo Tavares, na Oeste, também não são atendidos por cooperativas nem por empresas de coleta (Estadão Conteúdo).

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