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Haddad cria Comissão da Verdade em São Paulo

Grupo deve atuar para elucidar casos de violação aos direitos humanos durante a ditadura no Brasil

Por Nataly Costa
Atualizado em 5 dez 2016, 14h22 - Publicado em 17 jun 2014, 11h15

O prefeito Fernando Haddad criou nesta terça-feira (17) a Comissão da Memória e Verdade em São Paulo. O decreto foi publicado no Diário Oficial. O grupo tem a finalidade de “contribuir para a elucidação da verdade sobre as violações aos direitos humanos cometidas contra os agentes públicos da prefeitura ou por ele praticadas durante a ditadura civil-militar, no período de 1964 a 1988”.

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A prefeitura vai designar cinco integrantes da sociedade civil – que não podem ter cargos políticos e precisam ser figuras atuantes nas questões humanitárias – para compor as reuniões da comissão. Caberá a eles investigar (em arquivos públicos ou qualquer outra fonte), encaminhar denúncias às autoridades competentes e “trabalhar de forma articulada e complementar às demais Comissões da Verdade em funcionamento do país”. 

Os membros da Comissão da Memória e Verdade de São Paulo receberão um valor fixo mensal de 6 254 reais pelas atividades realizadas. Eventuais viagens e deslocamentos dentro ou fora do país também serão pagos pela prefeitura. 

No Brasil

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A Comissão Nacional da Verdade foi criada pela presidente Dilma Rousseff em novembro de 2011. Uma das últimas revelações, trazida à tona no último dia 9 de junho, é que o corpo do até então desaparecido político Stuart Edgar Angel – filho da estilista Zuzu Angel – foi enterrado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio. Ele teria sido torturado e morto nas dependências do atual Aeroporto do Galeão, não muito longe de Santa Cruz. 

Stuart Angel foi torturado até a morte em junho de 1971, aos 25 anos, por participar de movimentos de guerrilha contra a ditadura. Sua mãe, Zuzu Angel, passou cinco anos militando contra o regime em busca de informações sobre o desaparecimento do filho até morrer em um acidente de carro em 1976.

Em 1998, ficou provado que a estilista fora vítima de um atentado provocado por agentes do regime militar. 

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