Continua após publicidade

Forever 21, no MorumbiShopping: a maior fila da cidade

Uma semana após a abertura da loja Forever 21, a espera acontece todos os dias e chega a durar três horas. A loja já distribuiu até cachorro quente para os consumidores

Por Carolina Romanini
Atualizado em 5 dez 2016, 15h07 - Publicado em 21 mar 2014, 12h46

Os corredores do MorumbiShopping, na Zona Sul, permaneciam à meia-luz por volta de 10h em plena quinta-feira (20), horário em que as lojas abrem. Uma queda de energia fez com que a maioria dos estabelecimentos continuasse com as portas cerradas por mais uma hora, até que a eletricidade fosse restabelecida. Mas nem isso desanimou as cerca de 300 pessoas que faziam fila para entrar na loja Forever 21, recém-aberta no centro de compras. Quase uma semana depois da inauguração, a cena se repete todos os dias, com pontos de pico no final da tarde, e a queda de energia foi só um agravante.

A fila chega a durar três horas, e a equipe de segurança do local estima que entre 3 500 e 5 000 pessoas estejam se aglomerando ali diariamente. Como essa situação raramente dá uma folga, trata-se da maior fila da cidade em duração: das 10h, quando o endereço abre, até 22h, quando fecha, as chances de chegar e ser atendido na hora tem sido praticamente nulas.

+ Forever 21 inicia nova onda de investimentos estrangeiros na capital

+ Forever 21 fica lotada em pré-inauguração

Um espaço do átrio teve de ser reservado para organizar a fila das freguesas da Forever 21. Uma linha contínua, a partir da entrada da loja, estava atrapalhando os estabelecimentos vizinhos, que tinham suas vitrines tampadas e portas obstruídas. Para organizar o movimento das consumidoras da fast-fashion, agora a fila se divide em três. 

Continua após a publicidade

Na manhã de quinta, um grupo de três meninas tomava a frente do primeiro trecho. Elas chegaram cedo, às 9h40, e foram pegas de surpresa pela queda de energia, mas em momento algum desistiram das compras. “Como somos as primeiras da fila, sabemos que, assim que a loja for aberta, vamos entrar”, diz Isabella Ventura, de 21 anos. Estudante de medicina, ela perdeu uma prova de laboratório de acupuntura para ir ao shopping nesta manhã. “Não sei nem se vou conseguir fazer o exame em outra data, mas não quero pensar nisso agora”. Moradora do bairro, Isabella já tinha tentado ir à loja outras duas vezes, mas desistiu diante da espera.

+ Conheça os restaurantes mais vantajosos na São Paulo Restaurant Week

+ Bares da moda que vale a pena conhecer ainda hoje

Continua após a publicidade

Suas amigas também perderam aula para estar ali, todas atraídas pelas “roupas bacanas, com informação de moda e preço justo”, como dito em coro. Parece uma fórmula certeira para o sucesso, mas tem também o fator novidade. “O estilo é diferente do que estamos acostumadas, não dá pra encontrar nada do tipo em outras lojas do Brasil”, acrescenta a estudante Mariah Andrade, de 18 anos.

Na fila para trocar uma peça comprada na última sexta-feira (14), durante uma abertura relâmpago da loja, a empresária Patrícia Saraiva esperava fazer novas compras nesta manhã. “Vim na sexta sem imaginar que compraria tanta coisa, mas de fato vale muito a pena. A marca tem grande variedade de peças de moda passageira, às quais não vale a pena investir muito dinheiro”, ela diz. Às 11h, Patrícia era a última da fila, mas em menos de vinte minutos outras cinquenta pessoas já se alinhavam atrás dela. “Essa é a prova de que o brasileiro quer consumir, mas sem ser feito de besta. Diante disso, acredito que outras varejistas terão de rever os seus preços”, comenta Patrícia.

 

O prazo de troca da loja é de trinta dias, mas as clientes já retornam ao espaço para fazer a mudança com medo de perder a peça do coração. “Elas compram como se a loja não fosse abrir amanhã”, comenta Fábio Lima, que chefia a equipe de segurança do espaço. “Parece liquidação, mas não é, nunca vi nada como isso antes”, acrescenta ele, que compara a euforia da multidão à da que presenciou no último show do Chiclete com Banana que organizou no Anhembi, há dois anos.

Continua após a publicidade

“Não temos ideia de quando isso terá fim. Nem a loja, nem nós e ou o shopping esperava por isso”, relata Lima. No último sábado, refrigerante e cachorro quente foram distribuídos para os clientes na fila. Para a loja, era uma maneira de mantê-los e hidratados e alimentados na espera, já para os fregueses, mais um diferencial da marca gringa. Tudo indica que, enquanto houver boas surpresas como essa, eles continuarão por lá.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Para curtir o melhor de São Paulo!
Receba VEJA e VEJA SP impressas e tenha acesso digital a todos os títulos Abril.
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.