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“Foram minutos horríveis”, diz jovem que denunciou assédio do padrasto

Em áudio, caseiro de 41 anos pede para fazer sexo com a adolescente, de 19 anos 

Por Juliene Moretti
Atualizado em 5 dez 2016, 14h05 - Publicado em 12 set 2014, 22h38

Na última terça-feira (10), uma adolescente de 19 anos de São Roque, cidade a 50 quilômetros da capital paulista, foi cercada pelo padrasto no momento em que saía de casa para trabalhar. “Você me deixa louco com esse shortinho de oncinha”, disse o caseiro Marcelo Honorato, de 41 anos, à jovem enquanto a tocava. O que ele não imaginava é que a garota, com o celular no bolso da blusa, gravava toda a conversa. “Foram os minutos mais horríveis da minha vida”, afirma ela. “Ele era como um pai para mim.”

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A garota criou coragem de fazer um áudio depois de ter sido assediada alguns dias antes, o que a fez reviver a primeira investida do padrasto, quando ela tinha apenas doze anos. “Na época, não entendi nada e ele parou.” Honorato esperou sete anos para fazer uma nova abordagem. Na gravação, ele pede que a garota faça sexo com ele. “Uma vez só. Depois eu paro de mexer com você”, sugere. Apesar das negativas, ele insiste e, segundo seu depoimento, que foi gravado pela polícia, toca-a nos ombros e nas nádegas.

 

À VEJA SÃO PAULO a adolescente disse ter sido ameaçada caso falasse com a mãe. Assustada, ela contou o que havia ocorrido para a irmã mais velha e para a mãe. “Fomos falar com o pastor da igreja. Foi ele quem recomendou fazer a gravação, para termos prova contra meu padrasto”, diz.

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Com o áudio em mãos e acompanhada da mãe e da irmã, a garota levou o caso para a Delegacia de Defesa da Mulher na terça-feira (10). Honorato foi preso no início daquela noite. Na delegacia, confessou a tentativa de estupro. Ainda sem advogado, ele foi encaminhado à cadeia de Pilar do Sul sob a acusação de tentativa de estupro e ameaças contra a mãe da garota, com quem é casado há dezesseis anos e tem dois filhos, além de três enteados.

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Segundo a jovem, a sensação é de alívio e, ao mesmo tempo, de apreensão. “Sei que, se ele sair, vem atrás da minha mãe. Ele já não tem nada a perder”, diz.

A garota tem tentado retomar sua rotina. Continua trabalhando e, após alguns dias na casa de um parente, voltou ao sítio onde morava. “Logo vamos sair de lá, mas a vida não pode parar, né?”. A preocupação maior é com os dois irmãos mais novos, já que ainda estão assimilando a prisão do pai.

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