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Filmes em 3D: sustos, realismo e emoções

Redes investem em tecnologia e apostam no crescimento dos filmes em 3D

Por Fabio Brisolla
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h29

Em uma referência ao já clássico de aventura Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), o protagonista de Viagem ao Centro da Terra, Brendan Fraser, desliza sobre trilhos dentro de um pequeno vagão descontrolado. O inusitado na cena é ver o tal carrinho saltar da tela e ir na direção da platéia do cinema. Lançado na última quarta, o filme faz parte da mais recente safra de produções desenvolvidas em 3D, uma nova aposta da indústria cinematográfica americana. Em São Paulo, com a estréia dessa produção, surgiram mais duas salas adaptadas para projeções em três dimensões: uma no Bristol, na Avenida Paulista, e outra em Campo Limpo, na Zona Sul. Agora, há quatro salas com essa tecnologia – as duas outras ficam nos shoppings Eldorado e Market Place e pertencem à Cinemark – entre as 285 da cidade. “Pretendo instalar o sistema em mais dez unidades da rede até o fim do ano”, afirma Marcos Araújo, dono de uma rede com 84 salas no país, entre elas as do complexo Campo Limpo.

Um entrave nesse processo de expansão é o preço. Os dois sistemas de projeção em três dimensões existentes atualmente, o Real D (usado pelo Cinemark) e o Dolby 3D (adquirido por Bristol e Campo Limpo), não podem ser usados nos equipamentos convencionais, que rodam películas de 35 milímetros. Para importar o equipamento necessário – um conjunto que inclui projetor digital, processador de imagens em 3D e um lote daqueles óculos usados pelos espectadores –, gastam-se 500 000 reais. Os projetores tradicionais saem por 70 000 reais. “Só com o valor cobrado pelos ingressos, não temos como obter o retorno do investimento”, diz Marcelo Bertini, presidente da rede Cinemark. Para solucionar o impasse, a rede buscou o apoio de patrocinadores, modelo que virou referência. “Vamos atrás de parcerias para inaugurar mais duas salas até o fim do ano”, conta Otelo Bettin Coltro, vice-presidente da Playarte, dona do Bristol.

Os grandes estúdios prometem novos lançamentos para aumentar a rotatividade nas salas, hoje pequena. Um documentário com bastidores da turnê da cantora Hannah Montana, por exemplo, estava há dois meses em exibição nas duas salas 3D da Cinemark. “A Disney tem cinco filmes nesse formato previstos para 2009”, diz Rodrigo Saturnino, diretor geral da Columbia TriStar Buena Vista Filmes do Brasil. Ou seja, quem já se apaixonou pelo 3D vai precisar esperar mais um pouco pelas próximas atrações.

4 salas na cidade já estão adaptadas para 3D

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500 000 reais custa um sistema de projeção digital em 3D

70 000 reais é o preço do projetor convencional

160 reais custa cada par de óculos usado na sala do Bristol

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