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Euro-Pós busca atrair alunos para estudar no exterior

Feira acontece neste fim de semana e reúne 74 expositores vindos de treze países

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 1 jun 2017, 18h24 - Publicado em 18 nov 2011, 15h01

Aos 26 anos, Filipe Pelepka recheia seu currículo com duas experiências de intercâmbio. Na França, cumpriu parte de um curso de direito, concluído posteriormente na Faculdade do Largo São Francisco, da USP. Lá, também iniciou um mestrado em relações internacionais, interrompido em junho, após decidir voltar para São Paulo para fazer estágio. “Foi uma experiência que abriu meus horizontes”, diz. Feita sob medida para os interessados em seguir um caminho semelhante, a feira Euro-Pós, realizada no Palácio das Exposições do Anhembi, neste sábado (19) e domingo (20), reúne 74 expositores vindos de treze países europeus, entre instituições de ensino superior, centros de línguas e embaixadas. É a primeira edição do evento por aqui. Por se tratar de uma iniciativa elaborada por organizações de fomento da França, Alemanha e Holanda, essas três nações contam com o maior número de estandes. Dezenove universidades de diversos estados do Brasil também marcam presença, com o objetivo de mostrar aos frequentadores os convênios que oferecem com faculdades de fora.

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Com previsão de receber 10.000 pessoas, a Euro-Pós se propõe a ensinar o bê-á-bá dos cursos de graduação e pós-graduação no exterior. “O crescente poder aquisitivo dos brasileiros facilita as parcerias internacionais”, afirma um dos organizadores, o alemão Christian Müller. A recessão que assola a Europa também está entre os fatores que tornaram mais acessível a viagem que antes era quase um sonho impossível. Com a necessidade de atraírem divisas para suas finanças, vários governos vêm multiplicando a concessão de bolsas de estudos. Algumas delas chegam a incluir itens como moradia e transporte. As grandes economias emergentes são alvos prioritários. Estima-se que existam hoje 12.000 brasileiros nesses cursos, pouco mais da metade deles vinda de São Paulo.

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Os valores para estudar no exterior variam bastante caso a caso. Em sua maioria, os participantes da feira são estabelecimentos públicos de ensino. Quase todos, porém, cobram anuidade. Na França, por exemplo, ela fica entre 177 e 584 euros. Na Holanda, o custo vai de 3.500 a 25.000 euros. Entretanto, esse valor pode ser abatido na totalidade se a universidade brasileira na qual o estudante estiver matriculado possuir convênio com a instituição internacional. Essas parcerias permitem ficar períodos de até um ano estudando no exterior, preferência da maioria dos estudantes.

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Quem tenta fazer sozinho esse caminho enfrenta mais obstáculos, já que a possibilidade de conseguir bolsas se torna mais difícil. Gastam-se, em média, 700 euros por mês apenas para morar em países como Holanda e Alemanha. Para fazer parte do corpo discente dessas instituições, o interessado submete seu currículo a uma triagem rigorosa. São levadas em conta as notas (a média não deve ser menor que 7), fluência em línguas (não falar inglês costuma ser elemento de exclusão) e atividades extracurriculares. “Com certeza, a experiência vale a pena”, diz o organizador francês, Thierry Valentin. “No exterior, é possível construir uma vasta rede de contatos e adquirir uma nova perspectiva da experiência acadêmica.”

Université Pierre et Marie Curie
Université Pierre et Marie Curie ()


SAIBA MAIS SOBRE AS UNIVERSIDADES

Georg-August-Universität Göttingen

Local: Göttingen, cidade de 121.000 habitantes na Alemanha

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Ano de fundação: 1737

Língua: oferece cursos ministrados em inglês

Programas para estrangeiros: 12% de seu quadro discente, de 24.000 pessoas, é formado por alunos vindos de 100 países

Cursos mais procurados: direito, teologia e computação

Características: já teve estudantes que se tornariam famosos, como o político Otto von Bismarck. Ocupa a 69ª posição no ranking das melhores universidades do mundo

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Rijksuniversiteit Groningen

Local: Groningen, cidade de 190.000 habitantes na Holanda

Ano de fundação: 1614

Língua: oferece cursos ministrados em inglês e aulas básicas de holandês

Programas para estrangeiros: possui diversas associações internas, inclusive uma voltada para os latino-americanos, que auxiliam com informações e organização de atividades

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Cursos mais procurados: engenharia, administração e agricultura

Características: tem quase trinta centros de pesquisa e mais de 400 professores

Université Pierre et Marie Curie

Local: Paris, na França

Ano de fundação: 1971

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Língua: oferece cursos ministrados em inglês

Facilidades para estrangeiros: departamento que ajuda com questões como moradia

Cursos mais procurados: medicina, química e engenharia

Características: disponibiliza 125 laboratórios, quatro museus e biblioteca digitalizada com documentos a partir do século XVIII. É parceira da universidade Paris-Sorbonne

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