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Confira trechos do polêmico livro lançado por Andressa Urach

Ex-Miss Bumbum conta sua experiência de quase morte após tomar injeções de hidrogel, o período como prostituta e a conversão à Igreja Universal

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 5 dez 2016, 12h10 - Publicado em 19 ago 2015, 22h09

Chega às bancas nesta quinta (20) Morri Para Viver, a autobiografia de Andressa Urach, ex-Miss Bumbum Brasil. Ela ganhou fama nacional em dezembro do ano passado, quando quase morreu por causa de aplicações de hidrogel no corpo.

O livro sai pela Editora Planeta com uma tiragem inicial de 1 milhão de exemplares (aliás, marca superior à triologia Cinquenta Tons de Cinza e a Ágape, de Padre Marcelo Rossi, com aproximadamente 500 000 unidades cada título). Estima-se que Andressa receba 3,60 reais por cada livro, que será vendido por 36,90 reais.

A obra foi escrita por Douglas Tavolaro, vice-presidente de jornalismo da Rede Record. Ele é autor dos best-sellers O Bispo e Nada A Perder, sobre a trajetória de Edir Macedo, dono da Record e fundador da Igreja Universal. Andressa começou a frequentar essa linha evangélica desde o início do ano, após sua alta.

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VEJA SÃO PAULO teve acesso à obra antes do lançamento. No livro, ela conta que foi prostituta e teve como nome de guerra Ímola, cidade em que Ayrton Senna morreu (“Ou você se perde ou chega em primeiro”, conta), sofreu três overdoses por causa do vício em cocaína e teve um caso com um famoso galã da Rede Globo, que tinha taras estranhas, como morder a cabeça na hora do sexo. A seguir, os trechos mais emblemáticos de Morri Para Viver.

Abuso na infância

“O pedófilo era o avô de criação que tive durante cinco anos da minha infância. Quando eu estava perto de completar 3 anos, minha mãe se apaixonou por um funcionário de um escritório de arquitetura na pequena cidade de Ijuí, no interior do Rio Grande do Sul, onde vivíamos. (…) Enquanto minha mãe trabalhava durante a semana, eu ficava sozinha com esse avô de criação e sua esposa. (…) Os abusos terminaram somente no dia em que minha avó de criação flagrou seu marido me acariciando em plena sala da casa. Ela havia dormido após o almoço e acordado de repente quando se assustou ao ver o órgão íntimo do homem para fora da calça. Depois de chorar muito, ela pediu para minha mãe se mudar às pressas para Porto Alegre.”

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Incesto e zoofilia

“O primeiro homem da minha vida foi o meu irmão. Tenho vergonha de contar isso. Eu morria de medo do meu pai e sabia, caso descobrisse, que era capaz de uma loucura para se vingar. (…) Não era a primeira situação esdrúxula na minha vida sexual quando menina. Ainda mais nova, tive meu primeiro orgasmo com um animal. Isso mesmo: um cachorro lambia minhas partes íntimas e, pasmem, eu sentia prazer. Essa degradante e demoníaca cena acontecia nos momentos em que brincava com uma vizinha de rua, dona de uma criação de cães.”

Início na prostituição

“Meus primeiros passos nesse lamaçal foram dados em uma sexta-feira, 24 de abril de 2009, quando eu ainda trabalhava como funcionária de recursos humanos (…) Passei mais de uma hora ouvindo os lamentos de um senhor de aproximadamente 65 anos, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, enquanto tomávamos um champanhe ruim. A parada aconteceu perto da minha casa. Mesmo sem ter relação comigo, o desembargador me deu um cheque de 500 reais. Isso me animou.”

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“Barraco” pela fama

“No carnaval de São Paulo de 2013, houve uma situação armada em nome da fama. Primeiro, inventei que assaltantes haviam roubado minha fantasia da escola de samba Tom Maior, agremiação pela qual desfilaria, e, por isso, surgi no Sambódromo do Anhembi com os seios completamente à mostra (…) Foi um bate-boca só. Acabamos hostilizados em meio a tanta gritaria. Tudo exibido ao vivo pela TV Globo, emissora brasileira que detém os direitos exclusivos de transmissão do carnaval. Por fim, não desfilei e passamos a madrugada registrando boletim de ocorrência por injúria e ameaça. Meu objetivo era ser famosa a qualquer preço.”

Dinheiro na cama

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“Realizava loucuras na cama invocando o espírito da pombagira. Gritava e beijava bastante, carinho raro entre as prostitutas. Queria mostrar minha excitação e fidelizar a freguesia (…) Os preços dos programas começavam com 400 reais e depois iam subindo até 3 000 reais. (…) Cheguei a faturar mais de 30 000 reais por mês trabalhando de segunda a sábado. Realizava até sete programas em um único dia.”

Clientes famosos

“Fiz muitos programas de luxo ao longo do tempo de convívio no reduto das celebridades. Não vou citar cada um dos nomes dos homens que passaram pela minha vida porque não me sinto no direito de expor a privacidade de ninguém (…) Mas a lista de clientes é extensa: cantores famosos, apresentadores de televisão, modelos, médiuns, bicheiros, donos de escolas de samba, publicitários e empresários da alta sociedade, artistas de novela e jogadores de futebol conhecidos no Brasil e no mundo.”

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Cristiano Ronaldo

“Ao saber da reportagem (a entrevista que concedeu ao tablóide britânico The Sun sobre sua noite com o jogador), Cristiano Ronaldo me ligou enfurecido e eu argumentei:

– Você me tratou mal. Eu só queria tirar uma foto de fã. Você me deixou plantada como idiota durante horas. Contei tudo mesmo. A reação dele foi explosiva, chegando ao ponto de me escrever ameaças. ‘O dinheiro que você ganhou, vai perder para pagar os seus curativos’ (…) Hoje, uso este livro de memórias para publicamente pedir perdão a Cristiano Ronaldo e a sua então namorada, Irina.”

Experiência sobrenatural

“(Durante a internação) A minha alma não estava presa ao corpo. Eu estava na fronteira da morte. A sensação era nítida: estava partindo para o outro lado, era o fim da vida para mim. Cheguei a um lugar vazio, como um deserto, silencioso, diferente de tudo o que já tinha visto. Muito limpo, muito branco. Um vale extenso. A paisagem mirava o infinito de nuvens. Não é possível descrever ao certo essa imagem. Fui tomada por um sentimento indescritível de serenidade. Era uma sensação de prazer e de bem-estar que não tem explicação. (…) Vi uma luz muito forte bem ao fundo, que me acompanhava cada vez mais de perto. Não tinha a forma de um corpo humano. É a luz mais brilhante que poderia existir e, ainda assim, não ofuscava minha visão. Era uma luz acolhedora. Era a paz absoluta. A experiência é impossível de ser reproduzida com fidelidade em palavras. Era Deus. Eu sei que era Deus. Eu vi Sua Luz.”

Conversão

“Assim que deixei o hospital, pisei na Igreja Universal decidida a erguer um antes e um depois definitivo para minha trajetória. Era preciso dar uma chance para Deus. Uma chance para mim mesma. (…) Gratidão também foi o que me fez aceitar o convite para relatar minha história em uma reunião especial de domingo no Templo de Salomão, em São Paulo. Mais de 20 000 pessoas me ouviram falar durante quase uma hora. Na imensidão do Templo, nas fileiras de uma pequena Igreja ou sozinha no meu quarto, conversando com Deus, comecei a aprender o real sentido de existir. As peças foram se encaixando. Família, saúde, amor, trabalho, fé, felicidade. Os valores voltaram ao seu lugar. (…) Agora, sou condenada por adotar uma fé que me reergue a cada dia. Sou criticada por crer na Bíblia (…) Mas não importa. Hoje, pouco a pouco, construo um novo amanhã.”

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