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Disputa entre as subsedes paulistas para abrigar seleções da Copa

Faltando sete meses para o Mundial, as cidades do Estado encaram uma espécie de "eliminatórias" para serem escolhidas como base dos times estrangeiros

Por Júlia Gouveia
Atualizado em 1 jun 2017, 17h30 - Publicado em 8 nov 2013, 17h39

A cidade de São Paulo já garantiu sua vaga na Copa do Mundo como uma das doze sedes. Terá, aliás, o privilégio de abrigar a abertura, no Itaquerão, em 12 de junho de 2014. Mas outros 22 municípios do estado ainda estão disputando as “eliminatórias”. No caso, batalham para ser escolhidos como base de preparação e ambientação de seleções estrangeiras antes do início das partidas. A definição dos locais ocorrerá apenas após o sorteio dos grupos do Mundial, em 6 de dezembro, na Costa do Sauípe, na Bahia. No entanto, os países já têm sondado os seus destinos preferidos e, com isso, o duelo nos bastidores começa a pegar fogo.

Nosso estado é o que mais concentra potenciais centros de treinamento no país: dos 83 credenciados pela Fifa, 30 são de São Paulo. O comitê local espera receber pelo menos dez seleções — representantes de mais de vinte nações já fizeram visitas por aqui. Em 2011, a delegação dos Estados Unidos passou por oito municípios, entre eles Atibaia e Barueri. Ao que tudo indica, porém, os americanos devem ficar na capital e treinar no CT do São Paulo, na Barra Funda, com hospedagem no hotel Tivoli Mofarrej. “A escolha do local de treinamento é estratégica para as equipes”, afirma Raquel Verdenacci, coordenadora executiva do comitê paulista. “Muitas, por exemplo, preferem espaços pequenos e exclusivos para proporcionar maior concentração.”     

 

Campinas lidera o ranking das mais procuradas: ao todo, recebeu dezessete visitas internacionais. A praticidade do Aeroporto de Viracopos, longe do gargalo de Cumbica, é um dos principais chamarizes. “Com os representantes da Espanha, fizemos o trajeto entre o estádio da Ponte Preta e o hotel Royal Palm Plaza em apenas seis minutos, graças ao apoio da guarda municipal e do órgão de trânsito”, afirma Alexandra Caprioli, diretora executiva do comitê Campinas Pró-Copa. “Sem o nosso esquema, demoraríamos mais de vinte.” Entre os mimos para conquistar os estrangeiros, vale até distribuir camisetas personalizadas de times locais ou um kit de boas-vindas “abrasileirado”, com artigos como chinelos Havaianas, doce de banana e chaveirinho da bandeira nacional.

O Paradise Golf Lake & Resort, em Mogi das Cruzes, é outro assediado: recepcionou doze países. “Nosso diferencial é reunir campo de treino e hospedagem. Não é preciso se deslocar”, diz a gerente de marketing Tatiana Alabarce. É quase certo que a Bélgica ficará no hotel. O Guarujá tem negociações avançadas com a Suíça. Isso se ela não for sorteada para o Grupo G, cujos jogos se concentram no Norte e Nordeste. Uma comitiva da Baixada Santista viajou ao país europeu em agosto para reforçar o pré-acordo. “Eles não querem ficar isolados, como ocorreu na África do Sul”, explica a secretária adjunta de turismo, Maria Eunice Grötzinger. Para agradar os suíços, o Estádio Antônio Fernandes está sendo reformado ao custo de 16 milhões de reais e o técnico Ottmar Hitzfeld foi levado a um passeio pelas praias da região em junho.

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Delegação da Suíça no Guarujá Copa do Mundo ed. 2347
Delegação da Suíça no Guarujá Copa do Mundo ed. 2347 ()

PASSAPORTE CARIMBADO

Os municípios mais visitados por algumas seleções:

› Campinas: Coreiado Sul, Espanha, Inglaterra, Noruega, Grécia e outras nove

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› Mogi das Cruzes: Bélgica, Rússia, Suécia, Turquia, Japão e outras sete

› Itu: Alemanha, Espanha, França, Japão, Suíça e outras sete

› Santos: Austrália, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e outras sete

› São Paulo: EUA, França, Irã, Itália, Portugal e outras sete

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